13 maio 2025
Chefe de gabinete do senador Jaques Wagner (PT) e pré-candidato a deputado federal em 2026, Lucas Reis (PT) admitiu que o processo interno de eleição para a presidência do partido na Bahia está atravancado em razão de não haver um nome natural de consenso para a sucessão do presidente Éden Valadares.
Nesta quinta-feira (24), durante a solenidade de posse do presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), desembargador Abelardo Paulo da Matta Neto, Reis falou com a imprensa sobre o andamento das discussões e dos nomes que circulam nos bastidores como possíveis postulantes para pilotar a legenda no ano que será decisivo para os planos do partido de reeleger o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente Lula (PT).
“Eu até falava ontem com um companheiro nosso que eu almocei, o deputado federal Josias, que hoje o nosso grande problema é não ter um nome natural. Você tem grandes nomes, mas nenhum deles é um nome natural no sentido de que todo mundo acha que tem que ser”, disse, ao ser perguntado por este Política Livre.
Ele afirma que, em razão das ocupações em Brasília, está um pouco afastado dos debates, mas assegura que a legenda persegue a unidade. “Nós estamos perseguindo isso, porque nós temos que ter uma unidade política muito forte no partido para reeleger o governador Jerônimo, ter a capacidade de montar uma chapa competitiva para ele de senadores, deputados federais, estaduais”.
“Mas eu acho que no final nós vamos conseguir, se não um consenso, mas a maior unidade possível para governar o PT com um nome que represente a maioria das forças e das lideranças para poder tocar esse processo que nós temos como prioridade, que é a reeleição de Jerônimo e de Lula , a reeleição do senador Wagner e a ampliação das nossas bancadas, tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Federal”, emendou.
Segundo Lucas Reis, entre os nomes no páreo, ainda que não tenham confirmado candidatura, estão o vereador de Itabuna Manoel Porfírio, os ex-presidentes do PT na Bahia, Everaldo Anunciação e Jonas Paulo, além do deputado Robinson Almeida, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.
“Ou seja, eu não sei se será um desses ou se será um outro que consiga aglutinar mais gente. Porque como não tem um nome natural, aí todo mundo é candidato, todo mundo aponta uma candidatura. Mas eu acho que o processo, a inscrição de chapa só termina em 28 de maio. Então, tem muito tempo para conversar, tem muito tempo para construir. E é o exercício no PT, é sempre muito complicado mesmo”, pontuou Reis.
“A gente tem na formação, na nossa natureza, na nossa origem uma coisa bastante de exercício de diálogo, de democracia. E eu acho que isso faz bem, às vezes é chato porque vai e volta, vai e volta. Mas é isso que torna o PT do tamanho que ele é e a força que ele tem na Bahia e no Brasil”, arrematou.
Política Livre