17 junho 2025
Novas informações circulam sobre a operação da empresa Agro Mineradora A Rocha LTDA, responsável por uma pedreira localizada na Fazenda Casa Nova, no distrito de Maria Quitéria, zona rural de Feira de Santana. Além da acusação de irregularidades ambientais graves, membros da comunidade local denunciam que o empreendimento foi recentemente adquirido por um empresário do estado de Goiás que figuraria como investigado em um dos maiores esquemas de fraude e estelionato do país.
Segundo reportagem veiculada pelo portal G1 Goiás, em 24 de janeiro de 2022, o empresário aparece como suspeito de comandar um grupo que teria aplicado golpes financeiros em diversos estados do país. Ele se passaria por produtor de eventos e empresário do ramo musical. A reportagem detalha que os golpes movimentaram mais de R$ 80 milhões e envolviam falsas promessas de parcerias e investimentos.
O atual proprietário da mineradora também foi preso na Bahia, em 2022, quando estava foragido por crimes de estelionato e receptação de ferro e aço, conforme divulgado oficialmente pela Polícia Civil de Goiás.
O canal de notícias YouTube SBT Goiás também repercutiu o caso em reportagem investigativa, revelando a atuação do grupo e suas ramificações em diferentes estados.
Risco ambiental e social ampliado
A revelação da origem dos novos gestores da mineradora aumenta a preocupação da comunidade local com a condução das atividades, já que a empresa opera com indícios de irregularidade ambiental, ausência de alvarás e danos socioambientais contínuos, e agora está sob comando de pessoas envolvidas com crimes econômicos em outros estados.
Com isso, os moradores reforçam o apelo por uma investigação mais ampla, que vá além das questões ambientais, envolvendo também o Ministério Público Estadual e Federal, as polícias Civil e Federal, e os órgãos de controle da atividade econômica e societária, como a Receita Federal e a Junta Comercial.
A comunidade cobra respostas
A comunidade de Maria Quitéria permanece mobilizada e espera uma resposta firme das autoridades. A continuidade de uma atividade de grande impacto ambiental e social, nas mãos de pessoas com histórico de fraude e suspeição criminal, representa uma ameaça não apenas ecológica, mas também à ordem pública e à confiança nas instituições locais.
Política Livre