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Líder da oposição, Tiago Correia (PSDB) 05 de maio de 2025 | 16:48

Assembleia tenta aprovar pedidos de empréstimo de R$ 4,5 bilhões; líder da oposição diz que o governo “perdeu a mão”

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A Sessão Ordinária desta terça-feira (06), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), promete um debate acalorado, já que está em pauta a votação de um empréstimo de R$600 milhões, enviado pelo Executivo, para investimento nas áreas de infraestrutura e mobilidade urbana no Estado.

A urgência desta matéria foi aprovada no dia 15 de abril e, desde então, houveram duas tentativas de votação em plenário. Na primeira vez, o projeto não passou por falta de quórum na semana que sucedeu os feriados da Semana e de Tiradentes; já a segunda tentativa frustrada ocorreu, na semana passada, por falta de acordo entre as lideranças.

Para esta terça-feira também está em pauta a votação de dois pedidos de empréstimo recentemente enviados pelo Executivo que, somados, chegam a cifra de R$R$ 4,5 bilhões. Essa é a 18ª operação de crédito solicitada pelo governador Jerônimo Rodrigues em dois anos e meio de gestão.

O primeiro pedido é para contratar, junto a instituições financeiras nacionais, o valor de R$ 3 bilhões para pagamento de precatórios vencidos e não pagos. Já o segundo é para contratação de empréstimo junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 1,5 bilhão. O montante, de acordo com o PL, será utilizado para investimentos nas áreas de mobilidade urbana e interurbana, infraestrutura viária, hídrica e urbana no Estado.

Oposição reage

Na avaliação do líder da oposição, Tiago Correia (PSDB), “o governo perdeu a mão”. O parlamentar teceu duras críticas a Jerônimo Rodrigues ao afirmar que o chefe do Palácio de Ondina “está enxergando a Assembleia Legislativa como uma unidade bancária e que os deputados estão aqui como simplesmente aprovadores de crédito”.

Em entrevista a este Política Livre, nesta segunda-feira (05), Correia seguiu dizendo que “essa perda da mão na contratação de créditos vai colocar o Estado, em algum momento, em situação econômica muito delicada”.

Perguntado se o bloco da minoria, no qual ele lidera, pretende obstruir a votação, Tiago Correia respondeu que esse é um papel difícil, uma vez que, “o governo tem a maioria esmagadora”.

“Nós sabemos que a minoria é um bloco reduzido, o governo tem a maioria esmagadora, então quando ele realmente decide colocar esses projetos em aprovação a bancada toda é mobilizada. A gente tenta cumprir o nosso papel enquanto a minoria, mas sabendo que o governo tem uma vantagem muito grande em relação à aprovação desses projetos”, disse.

Carine Andrade, Política Livre
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