16 maio 2025
O PSDB enfrenta um esvaziamento com a filiação ao PSD da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Agora, o partido corre o risco de perder também seu último governador remanescente: Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul.
Riedel já recebeu convites de partidos como PSD, PP e PL. Publicamente, contudo, o governador afirma que não deixará a sigla em um futuro próximo. Há duas semanas, ele rechaçou a ideia de mudar de legenda.
“Ninguém falou que eu vou sair do PSDB. Eu não estou preocupado em sair, porque eu não vou sair do partido”, disse num evento na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
O governador se comprometeu com lideranças a esperar não apenas a fusão entre PSDB com Podemos, mas também a definição se uma federação da nova sigla com outros partidos será concretizada. A expectativa é de que a aliança com um partido de maior presença nacional, como Republicanos ou MDB, possa reestruturar a força da sigla.
Cerca de 260 vereadores e 44 prefeitos tucanos do Estado esperam a definição de Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja, atual presidente regional do PSDB, para decidirem o futuro partidário. A sigla tem quase 30% do total de vereadores e mais da metade dos prefeitos.
O governador tem seguido seu perfil discreto, sem externar preferências por alguma sigla específica, afirmaram fontes próximas a Riedel. Caso mantenha sua atuação histórica, o governador não deve optar por algum partido que se posicione nos extremos políticos.
Lucas Keske/Estadão