5 junho 2025
O deputado federal Diego Coronel (PSD) expressou preocupação com recentes decisões do governo federal que revogou parcialmente o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em remessas ao exterior por meio de fundos de investimento. Em entrevista a este Política Livre, na noite desta sexta-feira (23), na Assembleia Legislativa da Bahia, onde acompanhou a entrega de honrarias ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ele destacou a necessidade de mais cautela por parte do Executivo ao tomar medidas de grande impacto.
“A gente fica muito preocupado quando o governo toma uma atitude como essa e, logo no mesmo dia, em poucas horas, revoga. Isso é realmente alarmante”, afirmou o parlamentar. “São temas extremamente importantes e a gente não pode, de maneira nenhuma, partir para uma decisão e ter que revogá-la logo em seguida”.
Apesar das críticas pontuais, o deputado reforçou seu apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “A gente também tem fé em Deus que eles sabem o que estão fazendo. A gente confia no governo do presidente Lula, a gente acha que o Brasil tem caminhado a passos largos para retomar a economia”, declarou, ao reconhecer, no entanto, que ainda há obstáculos a serem enfrentados. “Claro que enfrenta algumas dificuldades, o que é normal, mas nós estamos lá [na Câmara dos Deputados] dando sustentação para que o país possa voltar a crescer e gerar emprego e transformar a realidade dos brasileiros”.
Sobre as movimentações políticas para as eleições de 2026, o deputado evitou antecipar cenários, mas comentou a aproximação entre o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “Acho que para 2026 a gente tem que discutir em 2026. Estamos em 2025 ainda, realmente muita coisa pode acontecer”, ponderou.
Segundo Diego Coronel, embora Kassab seja um aliado próximo de Tarcísio e sinalize para uma possível composição de chapa caso o governador paulista decida disputar a Presidência da República, o cenário ainda é incerto. “Aqui na Bahia, nós somos aliados do grupo do governador Jerônimo e do presidente Lula. Temos que aguardar para ver o que vai acontecer”.
O deputado revelou ainda que seu grupo político já se organiza para discutir o futuro: “Como diz o nosso presidente aqui, Otto Alencar, a decisão é tomada quando o momento exige. Estamos marcando uma reunião para março de 2026, para discutir diversos temas, tanto em nível nacional quanto estadual”.
Política Livre