O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB) 28 de maio de 2025 | 13:17

Em meio à possibilidade de greve dos rodoviários, Carlos Muniz apela ao governo do Estado para que reduza impostos sobre o transporte público

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O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), fez um apelo por uma ação conjunta dos governos municipal, estadual e federal com o objetivo de evitar uma nova greve dos rodoviários na cidade, que pode ser decretada nesta quarta-feira (28).

“Não estamos defendendo empresário, não é isso. Mas o fato é que o sistema de transporte público nunca vai funcionar a contento, inclusive na questão da política salarial de motoristas e cobradores, se não houver subsídio dos poderes públicos. Não é só a Prefeitura, pois os governos estadual e federal também precisam fazer a sua parte”, declarou o tucano em conversa com o Política Livre.

Muniz disse que o sistema de transporte na capital ainda é deficitário, apesar dos avanços dos últimos anos, principalmente por conta dos esforços da Prefeitura. “Não vemos, por exemplo, o governo do Estado se empenhar nessa questão da mesma forma como faz com o metrô, que é subsidiado”, pontuou o edil.

“O metrô recebe um subsídio aí de R$600 milhões a um R$1 bilhão por ano. E é um sistema que depende do ônibus. Por que o governo do Estado não reduz ou até mesmo zera o ICMS do diesel, das peças de reposição dos veículos, dos pneus? É isso que precisa ser feito porque a população é que usa o transporte público de uma forma geral, e não os políticos”, acrescentou o presidente da Câmara.

Carlos Muniz se colocou à disposição para intermediar as discussões e debater a questão na Câmara Municipal. “Nós procuramos fazer a nossa parte e estamos acompanhando de perto esse problema. Esperamos que haja sensibilidade de todos para que não ocorra a greve, porque é o povo de Salvador que acaba prejudicado”.

Representantes do Sindicato dos Rodoviários e do Consórcio Integra, que representa os empresários do setor, devem participar de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA) ainda nesta quarta-feira (28). A decisão final sobre a paralisação será tomada em assembleia marcada para hoje a tarde. Os rodoviários rejeitaram as propostas apresentadas pelos empresários, que incluem um reajuste salarial de apenas 2,42% e a extinção do plano de saúde.

A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), manifestou a expectativa de que um acordo seja alcançado para evitar a greve. Ontem (27), em coletiva de imprensa para tratar da paralisação dos professores, o prefeito Bruno Reis (União) garantiu, no entanto, que o Executivo municipal já trabalha com um plano de contenção por meio do uso do sistema complementar de ônibus.

Política Livre
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