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Henrique Tada, presidente executivo da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais) 16 de maio de 2025 | 14:35

Farmacêuticas nacionais pleiteiam preço maior para remédio melhorado

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As farmacêuticas nacionais, que lideram vendas em volume no país, reclamam de um impasse na precificação de produtos farmacêuticos com inovação incremental, algo que trava investimentos de R$ 5,2 bilhões relacionados a 105 projetos ligados a melhorias de medicamentos existentes.

A inovação incremental é aquela que se utiliza de fármacos já existentes, promovendo melhorias na absorção por meio de tecnologias como a nanotecnologia, além de novas associações e formulações.

Hoje, pela regra da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), os preços desse tipo de medicamento seguem os mesmos critérios dos produtos que são meras cópias.

Segundo a Alanac, no caso de medicamentos com nanotecnologia, como possuem doses muito menores, os preços autorizados também são menores, desconsiderando benefícios como melhoria na eficácia e redução de efeitos colaterais.

“Este modelo desestimula novos projetos. A indústria farmacêutica nacional precisa da inovação incremental para avançar na inovação de base”, diz Henrique Tada, presidente executivo da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais).

Um dos exemplos dessa situação é a caneta de injeção de adrenalina. O produto, muito comum em outros países para ser usado diretamente pelo paciente em casos de reações alérgicas graves, como alimentos ou picadas de insetos, nunca foi lançado no Brasil, pois o preço sequer cobre os custos de produção.

Julio Wiziack, Folhapress
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