18 maio 2025
A vereadora de Salvador, Ireuda Silva (Republicanos), autora da lei municipal que instituiu o Dia de Combate ao Racismo no Esporte, comentou a prisão do jogador boliviano Miguel Terceros, do América-MG, ocorrida neste domingo (5), após suposta injúria racial durante uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro. O caso, que teve como vítima o meia Allano, do Operário-PR, representa a primeira prisão em flagrante por racismo no futebol em 2025.
“Este episódio mostra que a impunidade pode estar com os dias contados. Pela primeira vez neste ano, vemos uma ação imediata e firme diante de uma denúncia de injúria racial em campo. Isso é resultado de muita luta, de pressão da sociedade e de legislações que fortalecem o combate ao racismo”, afirmou Ireuda, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação.
A vereadora também destacou a importância de sua lei municipal, aprovada na Câmara de Salvador, como instrumento de conscientização e enfrentamento da discriminação no esporte. “O Dia de Combate ao Racismo no Esporte não é simbólico. É uma data para refletirmos e reforçarmos ações concretas que garantam que o ambiente esportivo seja um espaço de respeito, inclusão e dignidade. Ninguém deve ser humilhado por sua cor de pele — nem nas arquibancadas, nem nos gramados, nem em lugar algum.”
Ireuda ainda elogiou a postura da arbitragem e das autoridades policiais no caso. “A aplicação do protocolo antirracismo pela CBF e a prisão em flagrante são sinais de que, aos poucos, estamos avançando. Mas é preciso continuar vigilantes, cobrando justiça e promovendo educação antirracista em todos os níveis.”