Foto: Divulgação/Sesab
Hospital Alayde Costa 10 de maio de 2025 | 13:00

Pacientes com doença renal crônica esperam até seis meses por tratamento na Bahia

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Mais de cem pacientes com doença renal crônica estão internados em hospitais públicos da Bahia, aptos a receber alta médica, mas seguem hospitalizados por falta de vagas para diálise ambulatorial — com esperas que chegam a seis meses. A situação, considerada uma crise humanitária por especialistas, levou a Sociedade Brasileira de Nefrologia – Regional Bahia (SBN Bahia) a solicitar uma audiência com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a acionar a Frente Parlamentar Mista da Nefrologia.

O impasse foi tema de uma reunião realizada na sexta-feira (9) na sede da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), com a presença da presidente da SBN Bahia, Ana Flávia Moura, do subsecretário estadual da Saúde, Paulo Barbosa, e do presidente nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), José Moura-Neto. Os representantes reforçaram a gravidade do quadro e pediram medidas emergenciais.

O centro de referência em nefrologia na Bahia, Hospital Alayde Costa, em Salvador, enfrenta alto índice de ocupação devido a este impasse no fluxo de pacientes com doença renal crônica. Dos 82 leitos disponíveis, 57 — o equivalente a 70% da capacidade — estão ocupados por pessoas que já poderiam ter recebido alta hospitalar.

Em nota divulgada nas redes sociais, a SBN Bahia reforça a urgência e a gravidade da crise instalada no Estado. “Um cenário alarmante, que compromete a dignidade humana e coloca vidas em risco”, diz o texto.

A entidade ainda alerta que a permanência prolongada desses pacientes em ambiente hospitalar, sem necessidade clínica, não apenas sobrecarrega o sistema de saúde como compromete a dignidade humana.

“A resposta das autoridades deve ser imediata, com prioridade política e compromisso com o bem-estar da população, especialmente dos mais vulneráveis, diz outro trecho da nota.

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