16 maio 2025
Mesmo após a bancada do PDT na Câmara anunciar a saída da base governista, o partido mantém um cargo cobiçado na máquina pública: uma vice-presidência da Caixa. No ano passado, a sigla emplacou o vice-presidente de Pessoas no banco estatal, Francisco Egídio Pelúcio Martins. Procurada, a liderança da bancada não respondeu.
“Acordamos, dentro do bloco que fazemos parte, em ter essa indicação, até pela falta de espaços que o PDT possui, hoje, no governo federal”, disse no ano passado o então líder André Figueiredo (CE) na Casa ao jornal O Estado de São Paulo. Dias antes, o partido havia emplacado Francisco Egídio Pelúcio Martins na Vice-presidência de Pessoas da Caixa.
O Centrão também loteou a cúpula do banco estatal, a começar pelo presidente da Caixa, Carlos Vieira, indicado pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Os deputados da legenda saíram da base aliada do governo Lula na última terça-feira, 6, quatro dias após Carlos Lupi se demitir do Ministério da Previdência. Indicado pelo PDT, Lupi deixou o posto em meio a um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontado pela Polícia Federal. O atual chefe da pasta, o ex-deputado Wolney Queiroz, também é filiado ao PDT.
O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), alegou que o governo Lula não estava oferecendo a “reciprocidade e o respeito” que o partido “julga merecer”. E completou: “Nós não estamos aqui trocando benesses para voltar à base. As atitudes e as políticas do governo vão dizer se a gente pode ou não voltar”.