Foto: Bruno Kelly/Greenpeace/Arquivo
Plantação de soja, uma das culturas em que o agrotóxico carbendazim costumava ser utilizado 25 de junho de 2025 | 17:14

Agro produz 29% da oferta de energia do país, diz estudo da FGV

economia

A energia produzida pelo agronegócio, especialmente a partir da biomassa da cana-de-açúcar, é responsável por 29% da oferta nacional de energia, de acordo com um estudo produzido pelo observatório de bioeconomia da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Considerando toda a energia disponível em 2023, o estudo mostra que a participação do agronegócio na produção de energia no Brasil, que inclui tanto a geração de eletricidade a partir de matérias-primas agrícolas quanto o uso de biocombustíveis em substituição aos combustíveis fósseis, avançou de forma significativa, já que em 1970 representava 9,7%.

A energia produzida pelo agronegócio, especialmente a partir da biomassa da cana-de-açúcar, é responsável por 29% da oferta nacional de energia, de acordo com um estudo produzido pelo observatório de bioeconomia da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Considerando toda a energia disponível em 2023, o estudo mostra que a participação do agronegócio na produção de energia no Brasil, que inclui tanto a geração de eletricidade a partir de matérias-primas agrícolas quanto o uso de biocombustíveis em substituição aos combustíveis fósseis, avançou de forma significativa, já que em 1970 representava 9,7%.

A análise no estudo teve como base dados do Balanço Energético Nacional, da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Quando analisadas somente as fontes de energia renováveis, o levantamento mostra que a participação do agronegócio chega a 60%. Sem essa contribuição, a matriz de energia renovável cairia de 49% para 20%, perto dos 15% de média global.

O peso da biomassa da cana, que no passado era descartada nas usinas, deverá crescer nas próximas duas décadas, já que o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), em Piracicaba (a 160 km de São Paulo), desenvolve um pacote tecnológico que pretende dobrar a produtividade das lavouras de cana-de-açúcar até 2040.

Além de novas variedades de cana —desenvolvidas com base em seleção genômica, inteligência artificial e edição gênica—, investimentos têm sido feitos para combater a broca-da-cana, praga responsável por perdas de até R$ 8 bilhões por ano, e para a implantação de um novo sistema de plantio que usa sementes sintéticas de cana.

“Hoje estamos com uma área estabilizada em 10 milhões de hectares de cana, mas com potencial de crescimento da produtividade muito grande. A transgenia na soja tem duas décadas, e na cana muito menos tempo do que isso, então há um espaço grande para expansão”, disse Rodrigues.

Marcelo Toledo, Folhapress
Comentários