Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Braga Netto 11 de junho de 2025 | 21:30

Bolsonaro pede soltura de Braga Netto: ‘Preso de maneira abusiva e arbitrária’

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O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quarta-feira, 11, por meio de suas redes sociais, que o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto, fosse liberado de sua prisão preventiva.

“O general Braga Netto está há mais de cinco meses preso de maneira abusiva e arbitrária, sem qualquer condenação e com base em acusações mentirosas feitas por um delator em busca de benefícios”, declarou o ex-presidente em seu perfil no X (antigo Twitter).

Bolsonaro ainda afirmou que “o Brasil não pode continuar tolerando e normalizando esses absurdos” e destacou méritos do general, como sua condecoração com quatro estrelas e seu papel na segurança da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

Durante o julgamento, o ex-presidente apresentou postura mais contida, se referindo sempre cordialmente ao ministro Alexandre de Moraes como “excelentíssimo”, “senhor” e até mesmo pedindo desculpas ao ministro por ataques que o dirigiu enquanto era presidente. No entanto, agora Jair Bolsonaro volta a criticar as decisões do processo em suas redes sociais.

Defesa de Braga Netto já pediu soltura

Na última terça-feira, 10, após o interrogatório sobre a tentativa de golpe de estado no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Braga Netto pediu formalmente sua soltura. O advogado José Luís de Oliveira Lima, que representa o ex-ministro, afirmou que, com o fim da fase de instrução do processo, não há mais justificativa para mantê-lo preso.

“É incontestável que já não há investigações em curso a serem protegidas, da mesma forma que, há meses, já não há mais qualquer sigilo sobre a delação premiada de Mauro Cid”, defende o documento. O pedido será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Walter Braga Netto foi preso preventivamente em 14 de dezembro de 2024 por supostamente de tentar obstruir a investigação sobre o plano golpista. De acordo com a Polícia Federal, ele tentou acessar a delação de Mauro Cid.

Atualmente, Braga Netto já pode manter contato com outros envolvidos na investigação, uma vez que após o interrogatório o ministro Alexandre de Moraes revogou o a decisão que limitava o contato dos réus do “núcleo crucial”.

Fellipe Gualberto/Estadão
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