Com a federação entre o União Brasil e o PP consolidada, Niltinho está mais inclinado a ingressar no PSD

Embora ainda não tenha sido formalmente registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a federação entre o União Brasil e o PP (Partido Progressistas) já está consolidada. Com isso, os seis deputados estaduais que compõem a bancada do PP na Assembleia Legislativa, e que permanecerão na base do governo Jerônimo Rodrigues (PT), intensificaram as conversas com dirigentes de outros partidos visando suas reeleições em 2026.

Essa troca, contudo, só poderá ser feita na janela partidária, prazo de 30 dias para que os parlamentares se filiem sem o risco de perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes da eleição, ou seja, no mês de abril.

Um dos deputados que está em vias de bater o martelo sobre sua nova sigla é o líder do PP na Assembleia Legislativa, deputado Niltinho. Este Política Livre obteve, com exclusividade, a informação de que ele está mais inclinado a ingressar no PSD do senador Otto Alencar.

O site apurou que ele “não quer ser mais um” em nenhum partido, uma espécie de “peixe fora d’água”. Nesse quesito, o PSD ganha força por conta da relação próxima entre Niltinho e o senador Otto Alencar. Ele já foi filiado à legenda e quer sentir a sensação de estar em casa.

À reportagem, Niltinho não confirmou a informação, mas também não desmentiu. Ele também deu pistas de que pode estar em vias de tomar sua decisão, se já não tiver tomado, ao dedicar boa parte da entrevista, realizada na última terça-feira (17), na Assembleia Legislativa, exaltando o cacique do PSD na Bahia.

“O senador Otto é um grande amigo. Eu já fui do PSD, muita gente não sabe. É um partido que eu tenho muito carinho, é um partido que tem uma história brilhante na política da Bahia, é o maior partido da base. Eu me dou muito bem com os quadros do PSD, tem a nossa presidente Ivana Bastos que eu tenho uma boa relação. Mas tudo depende também de uma conversa com o governador Jerônimo Rodrigues, que vai nos dar um direcionamento”, frisou.

Sobre o leque de ofertas, Niltinho revelou ter conversado apenas informalmente com os dirigentes estaduais de outros partidos da base, a exemplo do deputado federal Félix Mendonça Júnior, logo após o retorno do PDT ao ninho do governador Jerônimo Rodrigues; os caciques do MDB na Bahia, Jayme, Lúcio e Geddel Vieira Lima; Ronaldo Carletto, do Avante; Heber Santana, do Podemos; e a deputada federal Lídice da Mata, do PSB.

“A gente não fez nenhuma conversa formal, apenas houve alguns encontros com os dirigentes. A gente tem recebido esse carinho dos presidentes dos partidos, não só eu como os demais deputados do PP”, revelou.