Foto: Política Livre
Diretor de Segurança e Prevenção à Violência da Prefeitura, Coronel Humberto Sturaro 12 de junho de 2025 | 14:14

Coronel Sturaro responde a críticas sobre agentes da GCM sem porte de arma e aponta medidas de sua gestão

exclusivas

O debate sobre a atuação da Guarda Civil Municipal (GCM) de Salvador ganhou novo capítulo após declarações do presidente do Sindicato dos Servidores da Prefeitura, Marcelo Rocha, que afirmou que cerca de 350 agentes estariam trabalhando sem porte de arma. A repercussão levou o diretor de Segurança e Prevenção à Violência da Prefeitura, Coronel Humberto Sturaro, a esclarecer a situação e apresentar as providências que vêm sendo tomadas pela atual gestão.

O sindicalista alertou para o que chamou de “risco à segurança dos próprios guardas e da população”, ao apontar que parte da tropa estaria em serviço desarmada. Em resposta, o Coronel Sturaro, que está apenas há dois meses na gestão, reconheceu que há, de fato, cerca de 300 guardas em situação de porte de arma vencido ou sem o porte emitido. No entanto, ele contextualizou o cenário e detalhou as ações já em curso para corrigir o problema.

“Realmente, existem em torno de 300 agentes sem porte, ou com seu porte vencido. Mas é preciso entender que a Guarda foi criada, inicialmente, para ser uma unidade desarmada”, afirmou Sturaro. “Com a mudança no cenário da segurança pública, ela passou a atuar armada. Isso exige uma avaliação rigorosa sobre quem tem ou não condições para portar arma.”

De acordo com o Coronel, o processo de adequação já foi iniciado e envolve desde cursos de formação até a avaliação individual dos agentes por meio de critérios técnicos e legais, em parceria com a Polícia Federal, órgão responsável pela concessão do porte de arma. Sturaro garantiu que agentes que não estejam habilitados não estão atuando em campo de forma desarmada. O diretor reafirmou que está identificando os problemas e se comprometeu a corrigi-los.

“Não é admissível que um guarda que não tem a capacidade para trabalhar armado exerça sua função fora dos muros do quartel. Esses agentes serão remanejados para atividades administrativas”, disse.

O diretor destacou ainda que existem postos específicos, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), em que o porte de arma não é permitido devido à sensibilidade do ambiente. Nesses casos, segundo ele, a segurança será feita por vigilantes, e não por guardas desarmados, conforme a nova diretriz da Prefeitura.

Outra frente de atuação da gestão municipal tem sido a ampliação do número de armas disponíveis para a corporação. Sturaro revelou que foi feita uma solicitação, com o apoio do prefeito Bruno Reis, ao comandante-geral da Polícia Militar da Bahia para a doação de armamentos, como forma de acelerar o processo de reequipagem da guarda.

Além das medidas emergenciais, Sturaro também anunciou mudanças estruturais para o futuro da GCM. Uma das principais alterações será a reestruturação no processo de ingresso na carreira de guarda municipal.

“A pessoa que prestar concurso para Guarda Municipal vai precisar, antes, passar por um curso de formação. Só depois disso, e sendo aprovado, ele será nomeado. Não será mais como antigamente, quando já se entrava direto na função”, explicou.

Sturaro também citou a necessidade de construção de um espaço próprio para a custódia de presos, a fim de garantir autonomia da corporação em operações que resultem em detenções.

“Detectamos que a Guarda precisa ter um local para acolher os presos que conduz, para não depender de terceiros. Já tomamos providências para isso também”, acrescentou.

Política Livre
Comentários