Foto: Divulgação/Arquivo
Deyvid Bacelar 10 de junho de 2025 | 09:21

‘Enquanto a esquerda brasileira adora o São João, a direita prefere o Haloween’, diz Deyvid Bacelar

bahia

O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, parabenizou a Petrobras nesta terça-feira (10) pela aprovação do patrocínio ao projeto cultural São João do Reencontro, que vai garantir a preservação da tradição em 27 municípios da Bahia, entre 19 e 24 de junho. Entre os municípios contemplados estão Alagoinhas, Cachoeira, Camaçari, Catu, Entre Rios, Itabuna, Madre de Deus, Santo Antonio de Jesus.

Segundo Bacelar, a tradição do São João no Nordeste já estava perdendo força e possivelmente teria deixado de existir se a Petrobras não tivesse investido no resgate da festa em dezenas de municípios da Bahia e de outros estados nordestinos nas duas últimas décadas. “O São João é uma tradição muito antiga e enraizada na cultura nordestina, com forte impacto econômico e social na região. Mas vejam o que aconteceu no Sul e Sudeste do país: a tradição praticamente acabou”, pontua Bacelar.

Para o sindicalista, enquanto a esquerda brasileira adora o São João, a direita prefere o Halloween. “Isso tudo é resultado da influência cultural norte-americana tão admirada por personagens bizarros, como Eduardo Bolsonaro e outros brasileiros que adorariam ter nascido nos Estados Unidos”, avalia Bacelar.

“A extrema direita e a direita brasileira, representadas pela família Bolsonaro e por megaempresários do Sul e do Sudeste do país, não suportam manifestações populares como o São João do Nordeste. “Eles preferem o Halloween”, afirmou Bacelar.

Segundo o sindicalista, no Sul e no Sudeste do Brasil, o Halloween já vem sendo mais celebrado que o São João. Ele acrescenta que o Halloween, festejado em outubro, é uma celebração que vem ganhando popularidade, especialmente entre as crianças, que se fantasiam e vão de casa em casa pedindo doces. “Isso é lamentável. Muitas pessoas estão adotando costumes e tradições dos Estados Unidos que não têm nenhuma conexão com a cultura brasileira”, afirma Bacelar, que, além de sindicalista, é também membro do Conselho de Participação Social do governo Lula.

Para ele, os festejos juninos na Bahia são uma oportunidade para a sociedade refletir sobre a cultura nacional, assegurando a preservação das nossas tradições. “As festas juninas, em especial as celebrações de São João, são uma manifestação cultural rica que remonta a séculos, com raízes em rituais indígenas e europeus”, diz ele. E acrescenta: “São um elemento fundamental da identidade nordestina, com forte impacto na economia local e na preservação da cultura popular, impulsionando o turismo, movimentando o comércio local e gerando renda para diversas famílias”.

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