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O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL), filho 04 do ex-presidente da República 11 de junho de 2025 | 17:30

Filho de Bolsonaro, Jair Renan foi único voto contra Dia da Democracia em Balneário Camboriú

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O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL), filho 04 do ex-presidente da República, foi o único a votar contra um projeto de lei que institui o Dia Municipal da Democracia em Balneário Camboriú.

Entre os 19 vereadores, 14 votaram a favor da proposta e outros três se ausentaram —Mazinho Miranda (PRD), Asinil Medeiros (PL) e Kaká Fernandes (PL)— nesta terça-feira (10). Já o presidente da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, Marcos Kurtz (Podemos), não registra o voto nesta ocasião.

Um dos autores da proposta, o vereador Eduardo Zanatta (PT) ironizou a postura de Jair Renan. “Um único voto contra: de quem prefere homenagear torturadores a lembrar as vítimas do regime militar. A democracia venceu!”, escreveu Zanatta em suas redes sociais.

O projeto institui como 3 de março o Dia Municipal da Democracia, como homenagem ao primeiro prefeito de Balneário Camboriú, Higino João Pio.

Preso em fevereiro de 1969, durante a ditadura militar, Pio foi achado morto em uma das celas da Marinha, em Florianópolis, no dia 3 de março daquele ano.

Em uma sessão no dia 14 de maio, Jair Renan já havia se manifestado contra a proposta. “Sabemos que tudo que vem do PT é de cunho ideológico”, disse Renan.

“Que golpe foi esse em 64? O povo saiu às ruas pedindo que os militares assumissem o poder com medo do comunismo entrar no Brasil”.

“Vejo muitos vereadores da Câmara assinando embaixo [de posicionamentos do PT], muitos mais velhos que também acompanharam o regime. E a maioria dos mais velhos, se você perguntar, [diz que a ditadura] foi a melhor época do Brasil”, prosseguiu Renan.

Os colegas reagiram, naquela ocasião. Zanatta afirmou que Renan não conhecia a história da cidade. E o presidente da Câmara, Kurtz, disse que a discussão “não tem nada a ver” com o PT.

Em seu primeiro mandato, o filho de Jair Bolsonaro apresentou apenas um projeto de lei até agora. A proposta proíbe a exibição de símbolos ou quaisquer forma de apologia ao comunismo, socialismo e nazimos em espaços públicos e privados.

Renan também registrou oito moções de congratulações, sendo uma de “apoio à anistia dos cidadãos que foram acusados e/ou condenados em razão de sua participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília”.

Fábio Zanini/Folhapress
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