Foto: Jose Cruz/Agência Brasil/Arquivo
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann 19 de junho de 2025 | 09:46

Gleisi critica alta de juros do BC, mas Lula ainda silencia

economia

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou o Banco Central nesta quinta (19) por causa da alta dos juros, anunciada ontem.

Já o presidente Lula, ao contrário da expectativa de setores produtivos, preferiu até agora ficar em silêncio _ao contrário do que fazia quando o presidente da instituição era Roberto Campos Neto, a quem acusava de ter um comportamento “anti-Brasil”.

Hoje, o banco é comandado por Gabriel Galípolo, indicado pelo petista para o cargo.

“No momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros”, afirmou a ministra em suas redes sociais.

“O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”, seguiu ela.

Gleisi poupou Galípolo, de críticas diretas _ ao contrário do que também fazia com o antigo comandante do banco, Roberto Campos Neto.

Galípolo tomou posse em dezembro de 2024. Sob sua gestão, o BC já promoveu quatro aumentos na taxa básica de juros, a Selic.

Na quarta (18), o Copom (Comitê de Política Monetária) aprovou uma elevação de 0,25 ponto percentual, e aumentou a taxa básica (Selic) de 14,75% para 15% ao ano. A decisão foi unânime.

Outros ministros e aliados do governo Lula também criticaram o banco.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que a taxa de 15% é “indecente, proibitiva e desestimula investimentos produtivos”.O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou ser “difícil de entender a decisão do Banco Central de aumentar a taxa de juros”.

Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, comandado por Geraldo Alckmin, disse que a alta é uma “insanidade total”.

Mônica Bergamo, Folhapress
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