9 julho 2025
As inscrições para a Segunda Edição do CNU (Concurso Nacional Unificado) começam nesta quarta-feira (2) e vão até o dia 20 de julho, anunciou a ministra Esther Dweck, do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação), durante entrevista coletiva nesta segunda-feira.
A taxa para participar da seleção, que terá 3.652 vagas em 36 órgãos públicos, com salários iniciais de até R$ 16 mil, será de R$ 70, para cargos de nível superior e médio. As inscrições serão feitas pelo Gov.br, assim como na primeira edição.
Um dos destaques dessa edição é uma regra especial para que mulheres sejam pelo menos metade das classificadas para fazer a prova discursiva, considerando as vagas de ampla concorrência. Na primeira edição, elas foram 56% dos inscritos, mas apenas 37% dos aprovados.
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ENTENDA A REGRA PARA IR PARA A SEGUNDA FASE
Para definir os candidatos que seguirão para a segunda fase (a prova discursiva), o governo vai calcular o equivalente a nove vezes o total de vagas de cada cargo. Essa conta será feita tanto para as vagas de ampla concorrência quanto para as de cotas.
Assim, se houver 20 vagas no total, serão chamados para a discursiva 180 candidatos no total (20 x 9). Desses 35% são destinados a cotas (117 para ampla concorrência e 73 para cotas).
Quando o percentual de mulheres convocadas para a segunda fase for menor do que 50% dos classificados em ampla concorrência, o governo vai chamar mais mulheres para que haja a mesma quantidade de homens e de mulheres na disputa da segunda etapa.
No exemplo acima, se entre os 117 da ampla concorrência houver 65 homens e 52 mulheres, outras 13 mulheres serão chamadas, totalizando 65 homens e 65 mulheres.
Isso não quer dizer que haverá uma cota de contratação de mulheres com o mínimo de 50% de mulheres. No final, o critério para a convocação dos aprovados será a classificação dos candidatos.
COMO É CALCULADA A NOTA FINAL
A nota final do candidato será calculada a partir da soma do resultado na prova objetiva com a discursiva e, se for o caso, da prova de títulos. Nos cargos de nível superior, a prova objetiva terá 90 questões, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de específicos. Na segunda fase, serão duas questões discursivas.
Para os cargos de nível intermediário, serão 20 perguntas gerais e 48 de conhecimentos específicos. No caso das provas dissertativas, para os cargos de nível superior, serão aplicadas duas questões discursivas (na última edição do concurso, havia apenas uma). O candidato terá das 13h às 16h para fazer a prova. Já para os cargos de nível intermediário, será aplicada uma redação argumentativa, das 13h às 15h.
A prova objetiva será em 5 de outubro e a segunda, discursiva será aplicada no dia 7 de dezembro apenas para os aprovados na primeira.
CNU TERÁ EDITAL ÚNICO PARA TODOS OS BLOCOS
Esta edição terá um edital unificado, dividido em nove blocos temáticos. No ano passado, foram oito editais diferentes —sete para os postos de nível superior e um para os de ensino médio. No início de junho, a FGV (Fundação Getulio Vargas) foi escolhida como banca organizadora.
Segundo Dweck a retomada dos concursos públicos é parte da estratégia de reforma administrativa em curso desde janeiro de 2023.
Entre os órgãos autorizados estão o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o HFA (Hospital das Forças Armadas) e os Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. A maior parte das oportunidades será em Brasília (DF), mas também há vagas em cidades como Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Belém (PA).
Luany Galdeano/Júlia Galvão/Folhapress