Foto: Política Livre
Carlos Muniz e Tiago Correia 24 de junho de 2025 | 15:01

Presidentes do PSDB falam sobre recuo na fusão com o Podemos e expectativa para novas alianças

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Figuras de peso no PSDB, os presidentes estadual e municipal do partido, deputado Tiago Correia, e o presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz, respectivamente, falaram sobre suas impressões quanto ao fracasso das tratativas envolvendo a fusão entre o PSDB e o Podemos. De promissora, a aliança sequer chegou a avançar.

Com o recuo nas negociações, a expectativa de dirigentes nacionais da sigla tucana é que uma parceria mais ampla seja constituída com a federação entre o PSDB, MDB e o Republicanos. Também há conversas, não tão avançadas, com o Solidariedade e nos bastidores de Brasília comenta-se que a aliança com este partido é improvável por conta da resistência do presidente nacional, Paulinho da Força.

Em entrevista ao Política Livre, o presidente do PSDB na Bahia, Tiago Correia, falou que a possibilidade de novas alianças surgirem vem para corrigir “possíveis desequilíbrios”. Não é novidade que o PSDB precisa, com certa urgência, “se salvar” dos revezes sofridos nas últimas eleições. Além da queda acentuada no número de filiados, chegando a 15 mil em apenas um ano, houve também uma redução na bancada na Câmara dos Deputados que, hoje, conta com apenas 13 parlamentares, fato que impacta diretamente no tempo de televisão na propaganda eleitoral.

“Com o Podemos a conversa esfriou, mas estamos conversando com outros partidos. O PSDB está refletindo sobre qual será o melhor caminho para a próxima eleição”, afirmou o deputado estadual, ao acrescentar que a fusão com o Podemos não prosperou por divergências sobre o comando nacional e o reflexo nos Estados.

Na avaliação do presidente do PSDB de Salvador, Carlos Muniz, existe um longo caminho a ser trilhado até 2026. Ele frisou que a fusão com o Podemos “era algo que não estava no nosso radar, algo que aconteceu e que foi imprevisível”. Apesar do projeto não ter prosperado, o presidente da Câmara de vereadores disse estar otimista com a possibilidade de novas parcerias.

“O partido está aberto a negociações. Não deu certo com o Podemos, no futuro pode dar certo com qualquer outro partido. Espero que dê certo a federação com o MDB e o Republicanos, mas posso afirmar que o PSDB da Bahia e, principalmente, o de Salvador não precisa dessa federação, dessa fusão para tocar o barco. Então, é nacionalmente uma necessidade maior, mas no estado da Bahia e no município de Salvador não tem essa necessidade de ser feita nem a fusão nem a federação”, pontuou.

Vale lembrar que na Bahia, o MDB integra a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e é comandado pela família Vieira Lima. Já o PSDB e o Republicanos fazem parte do arco de alianças do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

Carine Andrade
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