24 julho 2025
Cinco meses após assumir a chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira ainda enfrenta dificuldades para criar uma marca forte que impulsione a gestão Lula. Encarregado de apagar incêndios e mitigar crises, como o aumento do IOF e o escândalo do INSS, o marqueteiro tem operado como articulador estratégico no Planalto, definindo narrativas e orientando ministros. Apesar de sua atuação nos bastidores, a comunicação governamental ainda não tem conseguido conter os desgastes políticos e a queda de popularidade do presidente. A informação é do jornal “O Globo”.
Para tentar reverter o cenário, Sidônio tem apostado em entrevistas com Lula, destacando conquistas da gestão, além de cobrar maior engajamento de aliados nas redes sociais — especialmente para contrabalançar figuras como o deputado Nikolas Ferreira. Sua atuação também tem sido requisitada por ministros em momentos de crise, como nos casos da gripe aviária e das polêmicas envolvendo Janja e Juscelino Filho. Apesar do esforço, ele ainda não conseguiu imprimir uma identidade clara à comunicação do governo, algo considerado fundamental por seus colegas.
Internamente, há críticas sobre a lentidão na reformulação da estratégia digital, especialmente após o TCU suspender uma licitação de publicidade ainda em 2023. Embora o novo edital deva ser lançado em junho, o ministro não o considera a solução definitiva. Ele defende que a base de apoio ao governo, incluindo o PT, participe ativamente da disputa de narrativas. Mesmo com limitações, a Secom aponta crescimento nas redes sociais, especialmente no Instagram e TikTok, como sinais positivos dos primeiros meses de sua gestão.