14 agosto 2025
O cineasta Walter Salles defendeu, nesta terça-feira (8), a taxação de grandes fortunas e a tributação progressiva no Imposto de Renda durante a cerimônia do prêmio Faz Diferença 2024, promovido pelo jornal O Globo.
Salles foi escolhido como personalidade do ano ao lado da atriz Fernanda Torres, com quem trabalhou no longa “Ainda Estou Aqui”, ganhador do Oscar de melhor filme internacional este ano. Ambos foram reconhecidos pelo impacto da produção baseada na história da família de Rubens Paiva, vítima da ditadura militar brasileira.
Ao receber o troféu, no palco do Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o diretor fez um discurso centrado na desigualdade social. Ele afirmou que a justiça tributária é um passo essencial para o fortalecimento da democracia.
“Temos a chance de construir um país mais justo e igualitário, corrigindo as distorções de um sistema que, como a gente sabe, cobra mais de quem tem menos”, afirmou o diretor. “Quero deixar todo o meu apoio à tributação progressiva, à taxação das grandes fortunas e à democracia com justiça tributária”.
Salles citou o economista Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária no Ministério da Fazenda, que também foi premiado na cerimônia.
O cineasta é herdeiro do banco Unibanco (Itaú-Unibanco) e da mineradora CBMM, líder mundial na produção e fornecimento de produtos de nióbio. Segundo o ranking de bilionários brasileiros da revista Forbes, de abril de 2025, Salles é atualmente o 12º homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em R$ 25,65 bilhões.
Folhapress