28 julho 2025
Durante a entrega das obras de duplicação da Avenida Jorge Amado, no bairro do Imbuí, na manhã desta sexta-feira (18), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), voltou a comentar sobre a greve dos professores da rede municipal, que já dura mais de 40 dias. Em um discurso enfático, o gestor criticou a condução do movimento por parte do sindicato e reforçou que o município chegou ao seu limite financeiro.
“A gente lamenta, apesar de já ter quatro decisões judiciais do Tribunal de Justiça, inclusive a última determinando bloqueio das contas pessoais dos dirigentes sindicais. Decisão do Supremo Tribunal considerando a greve ilegal, mas mesmo assim mantivemos o diálogo em pelo menos quatro ocasiões”, afirmou o prefeito.
Bruno Reis relatou que, mesmo após reuniões e acordos assinados, os representantes sindicais recuavam e apresentavam novas exigências. Segundo ele, a Prefeitura de Salvador ofereceu o maior reajuste da história da cidade para a categoria, variando entre 9% e 18%, índice que, de acordo com o prefeito, supera o de qualquer outra capital brasileira.
“A Prefeitura chegou ao limite dos recursos disponíveis, recursos que são do cidadão e que a gente tem a missão de gerenciar. Fizemos um apelo para que os professores voltem às salas de aula após todas as recomendações do Ministério Público”, disse, acrescentando que mais de 90% das escolas já estariam funcionando normalmente nesta sexta-feira, e que espera o retorno total até o fim do dia.
Acusações contra sindicalistas e candidatos
Bruno Reis acusou lideranças sindicais de estarem usando a greve como palanque político, com o objetivo de se promoverem para as eleições de 2026.
“Esperamos que os professores que estão sendo utilizados pelos sindicalistas, por líderes políticos que vão para a Assembleia porque são candidatos, entendam a grande crise que estão causando para os pais e milhares de crianças”, disparou.
O prefeito também destacou que o principal ponto de reivindicação da categoria, o cumprimento do Piso Nacional do Magistério (hoje em torno de R$ 4.800), já foi atendido. Ele alegou que, com os reajustes e gratificações, os professores da capital baiana estariam recebendo, em média, mais de R$ 9.200 por mês.
“Pagamos salários acima da média do Estado. Por que no Estado eles aceitaram 6,27% de reajuste, aplaudiram o governador, e na prefeitura não aceitaram o aumento que chegou a até 18%? Essa pergunta precisa ser respondida”, afirmou o prefeito.
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