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Jerônimo Rodrigues 13 de julho de 2025 | 13:42

“Eu fico com muito receio de que as indústrias possam demitir”, afirma Jerônimo sobre tarifaço de Trump

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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou que o presidente Lula (PT) está imbuído na defesa da soberania nacional e dos interesses do setor produtivo que “tem o direito de investir, produzir e exportar”.

A fala de Jerônimo, na manhã deste domingo (13), durante a entrega de 260 unidades habitacionais no bairro Arraial do Retiro, em Salvador, vem em reação ao “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, de forma unilateral, decidiu aumentar em 50% a tarifa dos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos a partir de 1º de agosto.

O governador acusou o norte-americano de interferir em decisões internas do Brasil e na atuação da Suprema Corte brasileira e prestou apoio irrestrito ao presidente Lula diante da crise diplomática com os EUA.

“Não pode nenhum governante de um canto querer botar o pé ou mexer na panela dos outros. Cada um cuida do seu, essa é a regra da boa relação. Um presidente de um país querer se envolver, por exemplo, nas decisões da Suprema Corte de outro país, isso não existe. Nós conquistamos a independência do Brasil e não temos por que baixar a cabeça para nenhum outro país”, destacou.

Em entrevista à imprensa, o chefe do Executivo estadual também externou preocupação com o cenário que se avizinha. “É muita irresponsabilidade. Muitos empresários se prepararam para, por exemplo, exportar grãos, frutas, remédios, carne, exportar mel e peixes. Nós temos agora contêineres parados nos estados brasileiros porque não temos condições. Você está indo por uma vertente planejada e de repente alguém deseja mudar a regra do jogo, no meio do jogo”, criticou.

Jerônimo também completou que outro agravante é a situação financeira dos empresários, que precisam do retorno sobre o capital investido. “Eu fico com muito receio de que as indústrias que exportam para os Estados Unidos possam demitir. Por que pode acontecer o que aconteceu no mensalão: ao invés de punir as pessoas que erraram, punir as empresas, o setor produtivo. O Brasil não merece isso. Os trabalhadores desses segmentos precisam ter a garantia de que nós não vamos ser penalizados”, frisou.

Carine Andrade
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