Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros Rui Costa, Fernando Haddad e Simone Tebet com empresários de setores atingidos por tarifaço de Trump 15 de julho de 2025 | 13:30

Indústria pede que governo solicite adiamento de sobretaxa por 90 dias

economia

Representantes da indústria brasileira defenderam na segunda-feira (14), durante reunião com um membro do governo Lula, o adiamento por pelo menos 90 dias na aplicação da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre os produtos comprados do Brasil.

“Esse prazo é considerado essencial para que a indústria brasileira possa analisar de forma mais aprofundada os efeitos da medida, além de buscar soluções diplomáticas para evitar perdas mais amplas”, informou a nota da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

De acordo com o comunicado, a reunião virtual no fim da tarde teve participação dos presidentes das federações das indústrias de todo o país e da secretária de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Tatiana Lacerda Prazeres.

Conforme a CNI, Prazeres “assegurou que as ponderações serão encaminhadas ao governo”.

Embora a indústria pressione para que o governo brasileiro negocie com os EUA um adiamento de 90 dias no início da cobrança da tarifa de 50%, marcada para 1º de agosto, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou mais cedo que o Brasil não fez nenhum pedido de prorrogação de prazo ou de redução da alíquota.

Segundo Alckmin, uma proposta de negociação comercial remetida pelo Brasil aos EUA em maio não foi respondida pelo governo do presidente Donald Trump.

Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, que permitirá ao governo adotar medidas comerciais recíprocas contra os EUA.

Fabrício de Castro/Folhapress
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