Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Arquivo
Líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, o deputado federal Lindbergh Farias 22 de julho de 2025 | 15:15

Lindbergh Farias pede cancelamento do passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro

brasil

Líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, o deputado federal Lindbergh Farias entrou nesta terça-feira (22) com um pedido, feito ao Ministério das Relações Exteriores, para a cassação do passaporte diplomático do deputado Eduardo Bolsonaro (PL).

No documento, Lindbergh argumenta que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usa o passaporte diplomático— documento de identificação e viagem emitido pelo governo a autoridades —para promover articulações no exterior contra os interesses nacionais.

“O parlamentar se encontrava licenciado do mandato de 20 de março a 20 de julho de 2025, sem designação oficial do MRE para missão internacional, período no qual vem se reunindo com autoridades estrangeiras, inclusive integrantes do Partido Republicano norte-americano e representantes do ex-presidente Donald Trump, para reivindicar sanções diplomáticas, econômicas e pessoais contra o Brasil”, diz o texto.

O pedido acontece em meio à crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos, provocada pela taxação de 50% sobre produtos brasileiros, feita por Donald Trump no início de julho. Segundo Trump, a medida é uma resposta a questões comerciais e à “perseguição” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu em um processo que apura sua participação na tentativa de golpe de Estado.

Eduardo trabalha para que o governo do presidente americano aumente as sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como forma de pressioná-los a arquivar o processo contra seu pai.

Em entrevista ao podcast “Inteligência Ltda”, nesta segunda (21), o deputado reconheceu que a possibilidade de os Estados Unidos imporem tarifas comerciais ao Brasil foi discutida em reuniões que ele teve com autoridades antes de o presidente Donald Trump anunciar a medida.

No último domingo (20), esgotou-se o prazo da licença parlamentar tirada por ele, que está morando no país desde março de 2025. O parlamentar diz que não tem intenção de renunciar ao mandato.

Mônica Bergamo/Folhapress
Comentários