13 agosto 2025
Cerca de 400 militantes de movimentos populares e organizações de esquerda devem ocupar o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (16), para lançar oficialmente o Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo.
O ato acontecerá no mesmo dia em que a comissão especial da Casa discute o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais, a partir de 2026.
O espaço onde ocorrerá o ato foi reservado pelo deputado federal Orlando Silva (PCdoB).
Os manifestantes vão defender a taxação dos super-ricos como forma de viabilizar a ampliação da isenção e outras políticas sociais. Também exigem a redução da jornada de trabalho sem corte de salários e o fim da escala 6×1.
A mobilização começa às 9h e contará com falas de lideranças populares e parlamentares alinhados à pauta.
“Sentimos nas ruas com o Plebiscito Popular que a maioria da população está disposta a se mobilizar e lutar pela taxação dos super-ricos e pelo fim da escala 6×1”, afirmou Igor Felippe Santos, da comissão executiva nacional do plebiscito popular.
No mesmo horário, o plenário 1 da Câmara será palco da reunião da comissão especial que analisa o projeto de lei 1087/25, relatado por Arthur Lira (PP-AL).
O texto prevê, além do aumento da isenção, um novo modelo de tributação de altas rendas —com alíquota mínima de 10% sobre quem recebe mais de R$ 600 mil por ano. A expectativa é que a medida gere R$ 76 bilhões para os cofres públicos em três anos.
“Foi uma feliz coincidência termos marcado o ato para esse dia. Na abertura teremos os líderes de PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede. E parlamentares de diversos partidos devem comparecer também”, diz Orlando Silva.
Como adiantado pela coluna, o Plebiscito Popular já ultrapassou 500 mil votos em uma semana, afirmam os organizadores.
Mônica Bergamo/Folhapress