Foto: Feijão Almeida/GOVBA
O ministro Rui Costa (Casa Civil) 21 de julho de 2025 | 14:45

Rui Costa chama de “inadmissível” ação de Trump de cancelar vistos de ministros do STF

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), chamou de algo “impensável, inadmissível e até inacreditável” a mais recente medida de retaliação ao Brasil anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, por motivações de ordem política e que ferem a soberania nacional.

Na última sexta-feira (18), o secretário do governo dos Estados Unidos anunciou a revogação dos vistos americanos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e “de seus aliados e seus familiares imediatos”. Na ação, outros sete ministros do STF foram afetados, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (21), em Salvador, onde participou do anúncio das obras de macrodrenagem do Canal Nilo Peçanha, na Baixa do Fiscal, no âmbito do Novo PAC, e da assinatura do aditivo para construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) no trecho entre Calçada e Comércio, o ministro da Casa Civil afirmou que “ninguém de sã consciência imaginaria há meses atrás” que Donald Trump faria reiteradas tentativas de interferir em assuntos de ordem econômica e política do Brasil.

“A principal potência do mundo falar do comércio popular da 25 de março, em São Paulo, ninguém imaginaria um negócio desse. Um documento oficial da principal potência do mundo falando do Pix, um meio de pagamento do Brasil. Você imaginar que o presidente da maior potência mundial está suspendendo o visto de ministros da Suprema Corte. Você imagine o Brasil, ou qualquer outro país, a Inglaterra, França, qualquer país, se meter no julgamento da Suprema Corte americana. É inadmissível isso! Não dá pra entender no mundo moderno, no mundo atual, algo dessa proporção”, criticou Rui Costa.

A fala do ministro faz uma referência a investigação comercial contra o Brasil, a pedido do presidente Donald Trump, que deu origem a um documento em que o governo americano inclui o Pix como uma possível prática desleal do país em relação a serviços de pagamentos eletrônicos, e critica falhas na fiscalização de produtos pirateados na 25 de março.

Carine Andrade/Política Livre
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