24 novembro 2024
Líder da bancada do PP na Assembleia Legislativa, o deputado Niltinho disse que seja quem for o escolhido para comandar o partido na Bahia haverá reaproximação com o PT no Estado, se essa também for uma vontade do govenador Jerônimo Rodrigues e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Na manhã desta segunda-feira (17), haverá, na sede do PP, em Salvador, uma reunião das bancadas no Legislativo baiano e na Câmara Federal com a Executiva estadual para tentar chegar a um consenso sobre o assunto antes da convenção, que deve ocorrer até o final de abril ou início de maio. Disputam a sucessão do deputado federal João Leão, que está há mais de nove anos na presidência da legenda, o também deputado federal Mário Negromonte Júnior e o ex-deputado federal Ronaldo Carletto.
“Os dois que têm se colocado e, assim como o deputado federal Cláudio Cajado, que também demonstrou interesse, tem uma excelente relação com o governo e com Rui Costa. Agora, voltar para a base como partido depende também da vontade e da disposição do governo fazer o convite. A gente sabe que para que o diálogo fosse aberto seria necessário fazer essa mudança (na presidência do PP baiano). Essa não foi uma imposição, mas a vontade, a escolha do governador e do ministro”, disse Niltinho a este Política Livre.
“Nós, da bancada estadual, já tomamos a decisão de estar no bloco de sustentação do governo, em uma relação recíproca, e esperamos que o partido também faça o mesmo de corpo e alma”, acrescentou o parlamentar. Na Assembleia, o PP, que já emplacou, através de parlamentares, indicados em diretorias no Detran, tem seis deputados, formando a terceira maior bancada governista na Casa.
Niltinho afirmou ainda que acredita numa decisão consensual sobre a sucessão no PP. Ele ressaltou que não haverá “baixas” no partido em caso de vitória de Mário Negromonte Júnior ou Ronaldo Carletto. “O PP sempre foi um partido maduro, de políticos experientes, independentes, e o diálogo deve prevalecer. Há muitos rumores de que pode haver saída de quadros em decorrência de possíveis questões externas, mas isso é mais coisa de torcida. Internamente, o partido vive um momento de paz e de diálogo e não tenho dúvidas de que o resultado será o melhor possível”.
Vale lembrar que atualmente o PP baiano tem dois blocos internos: o que apoia o governo estadual, que é maioria entre os políticos de mandato da sigla, e o que prefere seguir no grupo do ex-prefeito ACM Neto (União) e ao lado do prefeito Bruno Reis (União). Como já mostrou este Política Livre em diversas ocasiões, haverá um acordo para acomodar as duas alas e evitar rachas. O fim da presidência de Leão, figura que se tornou indesejada pelo PT desde o rompimento, ano passado, faz parte desse arranjo.
Política Livre