22 novembro 2024
O PSDB ficou maior, e tende a crescer ainda mais, com o ingresso do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz, no partido, confirmado na noite desta sexta-feira (28). Além de voltar ao comando da Casa após mais de seis anos – o último tucano a exercer o cargo foi o ex-vereador e ex-deputado estadual Paulo Câmara, até 2016 -, a sigla quer agora rediscutir a relação com o prefeito Bruno Reis (União), o que significa ocupar novos espaços na gestão.
“O partido hoje toma uma outra dimensão. Deveremos ser a primeira ou a segunda bancada na Câmara, Casa que voltamos a presidir. Acredito que iremos sentar para discutir novamente com o prefeito de que forma podemos contribuir melhor com a Prefeitura”, disse o líder do PSDB no Legislativo municipal, Daniel Alves.
Durante a reforma administrativa promovida por Bruno Reis em janeiro deste ano, o PSDB perdeu o comando Secretaria Municipal de Educação (Smed), uma das pastas mais cobiçadas pelo tamanho, orçamento e força política. Na época, o secretário era o ex-prefeito de Mata de São João Marcelo Oliveira (PSDB), indicado pelo atual gestor da mesma cidade, João Gualberto (PSDB), e que teria sido exonerado por problemas de relacionamento com a categoria dos professores.
Restou aos tucanos assumir, na reforma administrativa, a Secretaria Municipal de Gestão (Semge), cujo secretário é Rodrigo Alves, que foi diretor de Infraestrutura da Smed sob a liderança de Marcelo Oliveira. A mudança gerou insatisfação no PSDB. Com o ingresso de Carlos Muniz, a legenda almeja voltar a ocupar um papel de maior destaque no primeiro escalão de Bruno Reis.
A partir da filiação de Carlos Muniz, a federação formada por PSDB e Cidadania passa a ter cinco vereadores na Câmara. Há uma articulação nacional para que as duas siglas também formem uma federação com o Podemos, que já incorporou o PSC. Se isso ocorrer, a bancada liderada por Muniz vai passar a ter mais três vereadores.
“A filiação de Carlos Muniz foi um gol de placa do nosso presidente estadual, o deputado federal Adolfo Viana. Iremos crescer bastante e seremos o primeiro ou o segundo partido a sair das urnas 2024 em Salvador em tamanho”, previu Daniel Alves.
O tucano acrescentou que a tendência do partido é manter o apoio a Bruno Reis, mas frisou que Carlos Muniz terá autonomia e deve, inclusive, assumir a presidência do PSDB municipal. “No momento certo, vamos ponderar sobre 2024. Se depender de mim, Carlos Muniz assume a presidência municipal do PSDB para liderar conosco esse processo”.
O tucano contou ainda que as negociações entre o PSDB e Carlos Muniz vinham ocorrendo há algumas semanas. “Preferimos manter sigilo para garantir que as negociações ocorressem de forma tranquila, sem interferências”.
Política Livre