17 janeiro 2025
O psicólogo Daniel Kahneman, vencedor do prêmio Nobel de ciências econômicas em 2002, morreu nesta quarta-feira (27). Ele tinha 90 anos.
A informação foi divulgada pelo jornal americano The New York Times, que confirmou a morte com a companheira de Kahneman, Barbara Tversk.
Daniel Kahneman era professor emérito da Universidade de Princenton (EUA) e ficou conhecido por ter revolucionado as ciências econômicas ao propor uma abordagem psicológica, escola de pensamento que ganharia o nome de economia comportamental.
Ao contrário da economia tradicional, que pressupõe que os seres humanos agem de maneira racional e que quaisquer exceções tendem a desaparecer à medida que os riscos aumentam, a escola comportamental baseia-se na exposição de vieses mentais arraigados que podem distorcer o julgamento, muitas vezes com resultados contra-intuitivos.
Com formação e carreira em psicologia, Daniel Kahneman apontou a existência também de “torções cerebrais universais”. A mais importante delas é a aversão à perda.
De acordo com a tese, a perda de um valor em dinheiro como R$ 100 incomoda cerca de duas vezes mais do que um eventual ganho de R$ 100.
Entre as inúmeras implicações, a teoria da aversão à perda sugere que verificar frequentemente uma carteira de ações, por exemplo, seria uma estratégia ruim, uma vez que a predominância da dor sentida levará provavelmente a uma cautela excessiva.
Em 2011, o professor lançou o best-seller “Rápido e Devagar”, que aponta a existência de dois sistemas na mente humana, cada um com um funcionamento próprio.
Folhapress