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Filiação contou com as presenças do prefeito Bruno Reis (União) e do presidente do Legislativo, tucano Carlos Muniz 01 de abril de 2024 | 19:01

Adriano Meirelles se filia ao PSDB e confirma esvaziamento do Solidariedade; articulação de Carlos Muniz enfraquece Geraldo Júnior

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O ex-vereador Adriano Meirelles, que presidia o Solidariedade em Salvador, se filiou nesta segunda-feira (1º) ao PSDB, partido pelo qual tentará retornar à Câmara Municipal nas eleições deste ano. A filiação aconteceu no Palácio Thomé de Souza, e contou com as presenças do prefeito Bruno Reis (União), do secretário municipal de Governo, Cacá Leão (PP), e do presidente do Legislativo, tucano Carlos Muniz, que articulou o ingresso de Meirelles e de outros pré-candidatos a vereador do Solidariedade, também presentes no ato.

Em conversa com este Política Livre, Meirelles confirmou que vai apoiar a reeleição de Bruno Reis, com quem estava rompido politicamente. “Até o fechamento da janela partidária, acredito que outros pré-candidatos a vereador que estavam no Solidariedade venham para o PSDB, embora não seja do meu interesse enfraquecer (a legenda). Eu sai porque não estava mais satisfeito com os rumos do partido”, declarou o ex-vereador.

Ele confirmou, por exemplo, que o ex-deputado estadual Capitão Tadeu e o ex-vereador Odiosvaldo Vigas devem fazer a mesma troca para disputar cadeiras na Câmara Municipal. “Estamos dialogando com diversos pré-candidatos do Solidariedade. E essas conversas estão evoluindo. O PSDB e o Cidadania, que formam uma federação, serão os melhores partidos tanto para quem vai disputar a eleição já como vereador quanto para quem não tem mandato”, assegurou Muniz ao site.

Como revelou a coluna Radar do Poder da semana passada, o Palácio Thomé de Souza montou uma operação com dirigentes de partidos aliados, incluindo Muniz, para retirar potenciais pré-candidatos a vereador do Solidariedade, partido que era aliado de Bruno Reis e do ex-prefeito ACM Neto até as eleições de 2022.

Em 2023, a sigla migrou, mesmo que parcialmente, para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). A decisão foi tomada pelo deputado estadual Luciano Araújo, presidente do Solidariedade na Bahia. O outro membro da legenda na Assembleia Legislativa, deputado Pancadinha, optou por permanecer na oposição e no grupo de ACM Neto.

Luciano Araújo é visto como traidor por Bruno Reis, sobretudo porque foi eleito deputado com o apoio decisivo do prefeito de Conceição do Coité, Marcelo Araújo (União), que teria sido articulado por ACM Neto.

Antes de migrar para o PSDB, Adriano Meirelles defendeu que o Solidariedade tivesse uma candidatura própria à Prefeitura da capital. O nome seria o da enfermeira Adriana Sena. Ela disputou uma cadeira para a Câmara Federal pelo partido em 2022, obtendo cerca de dez mil votos, mais da metade na capital – e já está no PSDB, por onde tentará uma cadeira de vereadora em outubro.

O movimento, no entanto, foi barrado por Luciano Araújo a pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Como Adriano Meirelles não aceitou seguir o partido e apoiar a pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que não teria oferecido nada em troca, houve o racha.

Com a saída de Meirelles e outros pré-candidatos do Solidariedade, o partido corre o risco de não ter uma chapa completa na disputa por cadeiras na Câmara Municipal. E mais: pode não eleger nenhum vereador, o que prejudica a campanha do próprio Geraldo Júnior.

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