22 novembro 2024
Líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento criticou, em entrevista concedida nesta segunda-feira (13) a este Política Livre, a decisão da Executiva estadual da legenda de punir com o corte do fundo eleitoral os membros da sigla na Assembleia Legislativa que votarem a favor do empréstimo de US$400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) solicitados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Casa, mediante projeto de lei.
Como noticiou mais cedo o site, o fechamento da questão aconteceu durante reunião da Executiva, realizada nesta tarde, com as presenças do ex-prefeito de Salvador ACM Neto e dos gestores da capital, Bruno Reis, e de Camaçari, Antonio Elinaldo, além de parte das bancadas estadual e federal da agremiação no Estado. Elmar não participou porque estava em Brasília na reunião dos líderes do bloco ao qual o União Brasil faz parte na Câmara.
“Acho que não se constrói partido na base da intimidação e ameaça. Prefiro sempre o diálogo. Em nenhum momento esse assunto constava na pauta da reunião (da Executiva estadual)”, declarou Elmar.
O deputado afirmou ainda que “mais grave é votar a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reeleição na Assembleia Legislativa depois de o nosso partido ter entrado com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) por conta da reeleição de Geraldo Júnior (MDB) para presidência da Câmara Municipal de Salvador”.
Elmar ressaltou que a Executiva estadual do União Brasil nunca discutiu quanto cada deputado federal vai poder indicar dos recursos da sigla para repassar aos candidatos ligados aos parlamentares do partido na Assembleia. “Não sabia que tinha fundo eleitoral para deputado estadual em ano de eleição municipal”, ironizou.
Na reunião de hoje, o único deputado estadual que apresentou divergência à decisão aprovada sobre a votação do empréstimo foi Marcinho Oliveira, que é ligado a Elmar. Assim como Júnior Nascimento, que é primo do líder do partido na Câmara Federal, Marcinho já votou a favor de um pedido de empréstimo de Jerônimo este ano, no valor de R$ 400 milhões, destinados, segundo a proposição, para a área da segurança pública.
Política Livre