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A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen 09 de junho de 2024 | 09:00

Agressão contra premiê da Dinamarca provavelmente não teve ‘motivações políticas’, dizem autoridades

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A agressão física sofrida na sexta-feira (7) pela primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, provavelmente não teve “motivações políticas”, indicaram neste sábado (8) as autoridades do país escandinavo, em plenas eleições legislativas europeias.

A líder social-democrata, que sofreu uma ligeira entorse cervical, indicou no Instagram que estava “bem”, embora “triste e abalada” com o ocorrido e precisando de “paz” e “tranquilidade”.

O gabinete de governo havia anunciado anteriormente o cancelamento de todos os compromissos da premiê neste sábado.

Frederiksen, 46, caminhava à tarde por uma rua de Copenhague quando recebeu um “forte empurrão”, disseram testemunhas à imprensa local.

O suspeito, um polonês de 39 anos, foi detido em flagrante. Um juiz decidiu que ele permanecerá em prisão preventiva até o dia 20 de junho, segundo informou o promotor Taruk Sekeroglu.

“A nossa principal hipótese é que não há motivação política. Mas isto é algo que a polícia irá investigar”, disse Sekeroglu, após audiência em um tribunal nos arredores de Copenhague.

O promotor afirmou que o suspeito foi acusado de violência contra funcionário público e que havia risco de fuga.

Durante a audiência, o Ministério Público apresentou a declaração de um médico que descreveu o suspeito como uma pessoa desequilibrada e que agiu sob efeito de alguma substância, de acordo com a mídia local.

Duas testemunhas disseram ao jornal dinamarquês BT que viram Frederiksen chegar a uma praça no centro de Copenhague pouco antes das 18h (13h no horário de Brasília).

“Um homem veio na direção oposta e deu-lhe um forte empurrão nas costas, fazendo com que ela tropeçasse para o lado” sem cair, afirmaram.

As testemunhas descreveram o agressor como um homem alto e magro e disseram que ele tentou fugir rapidamente após o ataque, mas foi imobilizado no chão por vários homens vestidos de terno.

A agressão ocorreu às vésperas das eleições ao Parlamento Europeu, nas quais os dinamarqueses irão às urnas neste domingo (9) para eleger 15 deputados. De acordo com as pesquisas, o Partido Social-Democrata de Frederiksen está em boa situação para manter os três assentos que possui.

Líderes europeus reagiram ao caso. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou o que chamou de “ato vil”. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o ataque é “inadmissível”.

Em 2019, Frederiksen se tornou a primeira-ministra mais jovem da história da Dinamarca. A social-democrata foi reeleita nas eleições legislativas de 2022.

Folhapress
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