Foto: Carine Andrade/Política Livre
Lucinha do MST deixou claro que está trabalhando para que a presidência da comissão fique em suas mãos 28 de agosto de 2024 | 10:34

Lucinha do MST deve assumir presidência da Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial na Assembleia

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A deputada estadual Lucinha do MST (PT) está em vias de conseguir um feito que pode causar inveja em alguns deputados veteranos que têm ligação com os movimentos sociais: o de presidir a Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). As atividades do colegiado serão iniciadas nos próximos dias, conforme ela antecipou com exclusividade a este Política Livre.

A Comissão de Igualdade Racial já existe e por não tem caráter permanente dependia apenas da provocação de um parlamentar para ser instalada. Como ninguém tomou a iniciativa, Lucinha do MST entrou no vácuo deixado pelos colegas numa jogada de mestre com apenas 28 dias de mandato. No passado, o colegiado já foi presidido pelo ex-deputado estadual Bira Corôa e por Fátima Nunes, ambos do PT.

Vale lembrar que a deputada natural de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, tomou posse no último dia 30 de julho em substituição a Maria Del Carmen, que se licenciou por questões de saúde. No início deste mês, Lucinha do MST assumiu como membro titular da Comissão dos Direitos da Mulher e da Agricultura e Política Rural. Ela é ex-secretária estadual de Política para Mulheres (SPM) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

Em conversa com o Política Livre, Lucinha do MST deixou claro que está trabalhando para que a presidência da comissão fique em suas mãos. “Eu quero presidir, estou pleiteando com o pessoal para presidir. Por que uma sem-terra, da zona rural, uma mulher negra num espaço desse como a Assembleia Legislativa sendo ex-secretária de promoção da igualdade racial, a primeira secretária de política para as mulheres da Bahia, não posso passar pela Casa sem levantar essa principal pauta”, frisou.

De acordo com Lucinha, toda articulação foi feita com apoio do Conselho da População Negra aqui na Bahia. Ela também pontuou que a comissão nasce num momento em que o debate sobre o tema tem ganhado cada vez mais relevância em âmbito local e nacional. “A participação ativa da sociedade civil, dos movimentos negros e sociais será essencial para fortalecer a comissão e garantir que suas atividades resultem em avanços concretos na promoção da igualdade racial na Bahia”, pontuou.

Carine Andrade
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