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Prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo (PDT) 01 de outubro de 2024 | 16:16

Prefeita de Morro do Chapéu volta a sofrer violência de gênero e é xingada por adversário

interior

A prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo (PDT), voltou a sofrer violência de gênero nos últimos dias e foi xingada por um ex-vereador da cidade, localizada na Chapada Diamantina. O autor das agressões é Humberto Batista, popularmente conhecido como Beto, ex-presidente da Câmara Municipal de Morro do Chapéu e um dos coordenadores de campanha da oposição.

Os xingamentos contra Juliana foram desferidos em discussões de Beto com outras pessoas em grupos de WhatsApp. As agressões contra a prefeita foram repetidas pelo ex-vereador diversas vezes em áudios enviados nos grupos.

A Justiça Eleitoral, inclusive, já reconheceu que a prefeita é vítima de violência de gênero. Em uma decisão, a juíza Tatiana Tomé Garcia destacou “que se trata a importunação sexual de ato violador da integridade física e psicológica da vítima, no mesmo passo em que, verificado o contexto político, conforma ato de violência de gênero em desfavor da mulher atualmente gestora do Município e representante da autoridade do Estado. Merece, portanto, explícito e veementemente desagravo”.

Em parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), a promotora de Justiça Eleitoral Mariana Pacheco de Figueiredo ressalta que a situação de importunação sexual relatada por Juliana “não apenas viola a integridade física e emocional da Representada como mulher, mas também representa uma forma explícita de violência de gênero, perpetuando o machismo e a misoginia, especialmente em um espaço público e de relevância política”.

Em suas redes sociais, a prefeita repudiou as agressões que vem sofrendo nesta disputa eleitoral e falou sobre a violência de gênero sofrida por mulheres que estão na política. “Todos os dias saímos de casa com o MEDO de sermos expostas a condutas que nos FERE pelo simples fato de sermos MULHERES. Desde 2016, enfrento o pior assédio que existe, aquele que fere a honra e a família. Um caso evidente de MISOGINIA e VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO”, escreveu.

Juliana também ressaltou o desrespeito contra sua honra e família. “Sou casada há mais de 19 anos, estou junto com meu marido desde os meus 16 anos, e juntos construímos uma família sólida, com a presença dos meus maiores bens, os meus filhos. É por eles que eu vivo e luto diariamente. Agora, imagina você mulher, ou homem honrado, ouvir tamanha crueldade, maldade, calhordice, vindo de ser humano desprezível que me dá nojo”, criticou.

Ela informou que já registrou um Boletim de Ocorrência e lamentou o silêncio de mulheres da oposição diante das agressões contra ela. “Mesmo diante de tamanho DESRESPEITO e CRIME, me deixa ainda mais PERPLEXA é o SILÊNCIO, até daqueles que pelo menos em seus discursos, se colocam em defesa do direto das MULHERES e de outras minorias”, afirmou.

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