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Vereadora Roberta Caíres (PDT) 21 de outubro de 2024 | 16:39

Vereadores aliados de Bruno Reis e de Jerônimo Rodrigues trocam acusações sobre insegurança e antecipam debate de 2026

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Vereadores aliados do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) trocaram acusações sobre o clima de insegurança que toma conta da capital e também de cidades do interior do Estado, durante sessão na tarde desta segunda-feira (21), na Câmara Municipal. O debate acalorado também já foi encarado como uma prévia da eleição de 2026.

A discussão começou quando a vereadora Roberta Caíres (PDT), uma das mais próximas do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, apresentou uma moção de repúdio à “inoperância” do governador na área da segurança e à prisão, determinada pela cúpula da Polícia Militar, do soldado e influenciador Corrêa, que, em entrevista, afirmou: “Se alguém mexer com a minha família, que se foda a lei”.

“O problema da segurança se chama Jerônimo Rodrigues. Ele deixa Salvador e a Bahia vulneráveis. E ainda nos deparamos com uma ação da PM contra do soldado Corrêa, que já havia sido inocentado de todas as acusações e mesmo assim foi ordenada a sua detenção. Se já existe a instabilidade nos bairros, agora tem também dentro da própria corporação que tem de fazer o enfrentamento à criminalidade”, afirmou Roberta Caíres, que, a exemplo de ACM Neto, chamou o governador de “negacionista” sobre a onda de violência.

O vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) rebateu a colega e disse que o prefeito também tem responsabilidade pela violência. Ele disse que o orçamento do município para 2025 prevê uma redução de 0,75% para a segurança em Salvador. “Temos uma Prefeitura que adota uma postura negacionista nessa pauta, que não apresentou um Plano Municipal de Segurança. Encaminhou um documento ao Ministério da Justiça para cumprir tabela”, frisou o comunista.

Aliado de Bruno Reis, o vereador Téo Senna (PSDB) disse que “o tráfico tomou conta de bairros de Salvador até mesmo nas eleições”, responsabilizando o governo do Estado. Já Sílvio Humberto (PSB), da base do governador, afirmou que “vivemos uma olimpíada macabra entre Estado e município” sobre o problema da violência, enquanto as maiores vítimas são os negros e pobres da periferia que não têm acesso à educação, saúde e emprego.

A vereadora Cris Correia (PSDB), por sua vez, declarou que falta uma ação “enérgica” do governador no enfrentamento à criminalidade. “O Estado tem muita coisa ruim, que precisa melhorar. Se precisar da ação da Prefeitura, que chame o município para colaborar. Não tenho dúvida que Bruno Reis está disposto a colaborar”.

O vereador Arnando Lessa (PT) levou o debate para as próximas eleições. “Em 2025, a pauta da segurança estará na ordem do dia no plenário e na sociedade. Jerônimo já derrotou esse projeto que está aí na Prefeitura, junto com o PT e partidos aliados. Em 2026, faremos novamente o debate”, pontuou, acrescentando que, segundo o petista, os guardas municipais estão insatisfeitos com o Palácio Thomé de Souza.

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