2 dezembro 2024
O Novembro Negro é um momento de extrema relevância para refletirmos sobre a resistência do povo negro, suas lutas, conquistas e os desafios que ainda permanecem. Neste mês, lembramos as histórias de luta pela liberdade, pela dignidade e pela igualdade que permeiam a trajetória do povo negro no Brasil. A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, destaca a necessidade de fortalecer a consciência sobre o impacto do racismo estrutural e as ações que possam transformá-lo.
Para Ireuda, o Novembro Negro não é apenas um mês de celebração, mas um momento de conscientização e de mobilização social contra as desigualdades persistentes que afetam diretamente a população negra. “O racismo está inserido em todas as camadas da nossa sociedade, e não é suficiente apenas reconhecê-lo. Precisamos criar políticas efetivas de combate a esse racismo que se mostra nas oportunidades negadas, nas barreiras econômicas e na violência, especialmente contra a mulher negra”, afirma a vereadora.
Ireuda salienta que a desigualdade racial no Brasil ainda é profunda, impactando principalmente as áreas da educação, do mercado de trabalho e da segurança. “Ainda enfrentamos números alarmantes, como o de jovens negros que perdem a vida em contextos de violência urbana, ou as taxas de mortalidade materna que são muito maiores para mulheres negras. Essas estatísticas mostram o racismo em sua face mais cruel, quando ele impede que nossos jovens e mulheres vivam com dignidade e segurança”, aponta Ireuda.
Ela também menciona dados publicados pela Revista de Saúde Pública, que apontam a disparidade entre as taxas de mortalidade materna de mulheres negras em comparação com as brancas e pardas, evidenciando a necessidade de uma atenção específica nas políticas públicas de saúde.
A vereadora também enfatiza a importância de políticas públicas voltadas para a igualdade racial. Entre as iniciativas que Ireuda defende, está a necessidade de ampliar o acesso ao mercado de trabalho para mulheres negras e jovens, combatendo o desemprego e promovendo a independência econômica dessas populações historicamente marginalizadas.
Ireuda também ressalta a importância de celebrar e homenagear figuras históricas que inspiram a luta contra o racismo, como Zumbi dos Palmares e Dandara, além de tantos outros que resistiram e construíram a história do Brasil. “Essas pessoas simbolizam a força e a resiliência do povo negro, e seus legados precisam ser lembrados para que inspirem futuras gerações a continuarem essa luta”, conclui.