Foto: Divulgação/Arquivo
Ordem dos Advogados da Bahia 07 de novembro de 2024 | 08:07

Advogado denuncia aparelhamento político da Ordem dos Advogados da Bahia

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“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) foi dominada por políticos profissionais que transformaram as eleições da OAB-BA naquilo que há de mais sórdido e desprezível em campanhas políticas tradicionais”, disse nesta quinta-feira (7/11) o advogado trabalhista Claudio Albuquerque (que não quis ser fotografado para não sofrer perseguição por parte da atual gestão da OAB-BA).

“Nós, advogados, não queremos ver a chapa da situação pagando marqueteiros e atores para disseminar ataques e sarcasmos contra a chapa de oposição. Nós queremos saber o que foi realizado para melhorar o exercício da advocacia desde que o ex-presidente da Ordem Luiz Viana, nos idos de 2014, afirmou que advogar na Bahia é um inferno”, protesta o advogado, destacando que “o cenário atual para o exercício da advocacia é um inferno triplicado”.

Em sua fala, prevalece um sentimento de indignação, principalmente porque, segundo o advogado, a atual gestão da OAB-BA, que está no poder há 12 anos, tem feito de tudo para que a advocacia baiana permaneça omissa e alienada. “Estamos vivendo uma ditadura na OAB-BA. Não há transparência. Ninguém sabe quanto se arrecada e nem onde o dinheiro é empregado. O grupo da atual presidente tem se valido dos mais covardes atos para tentar se manter no poder, perseguindo profissionais que tentam o caminho da oposição. Seja na capital, seja no interior do estado, muita gente que sonha com mudança não vai votar no próximo dia 19 porque se recusa a estar adimplente com a Ordem dos Advogados da Bahia”, lamentou o advogado.

“É muito triste ver que a atual presidente Daniela Borges chegou ao paroxismo de utilizar até mesmo atores profissionais para atacar a atual candidata da chapa Muda OAB, Ana Patrícia, em lugar de estar debatendo o que pode ser feito para evitar a violação de nossas prerrogativas, a advocacia predatória ou criar estrutura para o pleno exercício da advocacia”, disse o advogado, lembrando que são muito mais honrados aqueles e aquelas que, tendo percebido os descalabros, os atos criminosos e as vicissitudes de uma diretoria, conseguem se afastar dela para trazer uma proposta de mudança e correção de rumos. “Tudo que existe de pior em um sistema ditatorial pode ser facilmente percebido nas ações realizadas pela atual diretoria da Ordem: perseguições, ameaças veladas ou escancaradas, eleições fraudadas nas subseções, como em Vitória da Conquista, uso da máquina para contratar pesquisas eleitorais forjadas”.

“É preciso muita coragem para enfrentar esse grupo poderoso, cujos tentáculos mafiosos se enramaram por todo o estado. Espero que a nossa classe consiga dar uma demonstração de independência e força no dia 19 de novembro”, afirmou o advogado.

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