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O senador Jaques Wagner (PT) 14 de novembro de 2024 | 17:48

Jaques Wagner chama jornada 6×1 de “massacrante” e afirma que reações do mercado demonstram que o trabalhador “não pode mais sonhar”

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O senador Jaques Wagner (PT) chamou de “massacrante” a jornada 6×1 e criticou a reação do mercado e de outros setores da economia pelo posicionamento contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), que propõe alteração na escala com seis dias de trabalho e apenas um dia de descanso. A ideia é que seja o contrário: mais dias de descanso e menos dias de trabalho, ou seja, de 44 horas para 36 horas semanais.

Em entrevista ao jornalista Luis Nassif, do jornal GGN, Wagner afirmou que essa é uma luta histórica e que algumas reações do mercado e de centrais sindicais e empresariais demonstram que o trabalhador “não pode mais sonhar”. O senador pontuou que um dos problemas que temos hoje, com o advento das novas tecnologias, apesar das fake news, é que “cada aplicativo novo e descoberto gera um bilionário e um sem número de pessoas subempregadas”. Jaques Wagner também citou que se “já tivéssemos uma apropriação mais social dos ganhos de tecnologia, nós talvez já estivéssemos numa jornada, não sei se 5×2, mas já estaríamos numa jornada melhor até porque o ser humano não vive só de trabalho”.

A PEC encabeçada pela deputada psolista tem gerado forte discussão nas redes sociais e ganhado adesão de parlamentares majoritariamente da ala do governo. Até esta quarta-feira (13), do total de 513 deputados, 194 já haviam assinado em favor da medida, número mais do que o necessário para autorizar a tramitação da matéria na Casa. “O pessoal fala, o trabalho dignifica o homem. Dignifica porque ele remunera para lhe dar dignidade na sua vida, na cidadania, é por isso que a gente trabalha, se ocupa e gosta de trabalhar. A minha vida inteira eu trabalhei e continuo trabalhando. Agora, pelo amor de Deus, as pessoas não podem nem sonhar em ter uma jornada de trabalho menos massacrante do que a jornada atual? Essa sempre foi a bandeira do movimento”, frisou o senador.

Carine Andrade, Política Livre
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