26 novembro 2024
O deputado estadual Diego Castro (PL) chamou a operação da Polícia Federal que prendeu, na última terça-feira (19), quatro militares do Exército e um policial federal suspeitos de planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “mais uma fake news da central de narrativas da esquerda”. Segundo a PF, o plano criminoso de golpe de Estado teria sido discutido na casa do general Braga Netto – que comandou o Ministério da Defesa e a Casa Civil na presidência de Bolsonaro.
Castro, que é tido um “bolsonarista raíz”, disse não ter recebido as notícias sobre a operação com surpresa porque considera que seus adversários “são extremamente criativos para inventar versões, para inventar fatos, para inventar aquelas historinhas em quadrinhos e essa é mais uma que aparece e que vai cair por terra”.
Ele contextualizou que assim como “a história das joias, que já foi comprovada a inocência do presidente [Bolsonaro], a mesma história lá atrás da tentativa de golpe do 8 de janeiro, golpe com bíblia na mão, em um domingo, sem armas, as mesmas histórias, dos mesmos criadores, que durante quatro anos de governo Bolsonaro diziam que iriam fazer aqui uma ditadura e perseguir negros, pobres, nordestinos e tudo mais, essa é mais uma fake news da central de narrativas da esquerda”, vociferou.
Sobre a afirmação do senador Flávio Bolsonaro (PL) de que “pensar em matar alguém não é crime”, Diego Castro, que é advogado, defendeu o filho do ex-presidente e ponderou que as falas dele estão dentro da normativa jurídica e do direito. “O que você pensa não é crime, a intenção de uma pessoa não é crime. Agora, claro, há uma manobra retórica, estão dando a entender que o senador disse o quê? Que ele estava realmente pensando nisso. Como a acusação foi de que havia a intenção de matar, que é mais uma mentira que já está sendo disseminada, mas se o fato de pensar for crime, está todo mundo condenado. A gente vai ter que condenar 100% da população”, frisou.
Perguntado sobre sua opinião quanto à gravidade da denúncia, independente das figuras envolvidas, o deputado do PL classificou o fato como fruto de “palavras jogadas ao vento” partidas de “versões inventadas”. Diego Castro também disse que os elementos apresentados pela Polícia Federal são “muito frágeis e inconsistentes” e que não comprovam que houve uma conspiração de atentado contra as três autoridades.
“Você jogar palavras ao vento, inventar versões, disseminar versões sem um concreto fundamento com esses indícios ‘fuleiros’, vamos usar o bom linguajar nordestino, com esses indícios da carochinha como eles querem a todo momento juntar cabo com rabo para dizer, ‘ó, aqui a gente já tem a prova’. Se for por esses indícios aí, me desculpe, é de dar risada até o nível de criatividade dessa galera”, ironizou.
Carine Andrade