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Jayme Vieira Lima Filho, presidente do MDB da Bahia 28 de novembro de 2024 | 18:30

Em encontro com prefeitos eleitos, MDB pretende enviar mensagem de união a Jerônimo mirando 2026

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O MDB da Bahia vai aproveitar o encontro com prefeitos e vices eleitos em outubro deste ano para tentar enviar uma mensagem ao governador Jerônimo Rodrigues (PT): a de que o partido estará unido em 2026 em torno da reeleição do petista. Com isso, a sigla pretende reforçar a tese de que merece manter os espaços que conquistou no governo e seguir com a vaga na chapa majoritária, mesmo que o nome não seja o do atual vice-governador Geraldo Júnior.

Na eleição de 2022, uma parte da legenda apoiou a candidatura de ACM Neto (União) ao Palácio de Ondina. No próximo pleito, os irmãos Vieira Lima, que comandam o MDB no Estado, trabalham para que o partido esteja unido, sem dissidências, ao menos relevantes.

O movimento visa aproximar novos prefeitos do MDB ligados ao grupo da oposição a Jerônimo, que participa da abertura do evento desta sexta, a partir das 8h, no Hotel Mercure, no Rio Vermelho. É o caso dos eleitos de Itapetinga e Xique-Xique, Eduardo Hagge e Renan Braga, respectivamente.

Os antecessores deles, Rodrigo Hagge (MDB) e Reinaldo Braga Filho (MDB), foram peças importantes na eleição de 2022 em favor de ACM Neto e são adversários locais do PT. Os Vieira Lima acham que podem superar as questões políticas municipais em prol da unidade em torno de Jerônimo, pois, ao contrário do pleito passado, quando a cúpula emedebista deixou de ser oposição para virar governo no ano da disputa, agora há tempo para construir pontes.

Recentemente, ACM Neto, inclusive, citou, no PolíticaPod, o podcast do Política Livre, o atual prefeito de Itapetinga como uma alternativa para a chapa majoritária de 2026, o que foi imediatamente rebatido pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, que articula para que a família Hagge esteja com o PT na próxima eleição.

Além de Jerônimo, o encontro com os eleitos do MDB também tem as presenças confirmadas dos senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD), que tem o apoio dos emedebistas para seguir na chapa em 2026, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O ministro das Cidades, Jader Filho, que é do partido, também participa do evento, que dura o dia inteiro e tem caráter técnico, visando orientar os prefeitos sobre temas como a captação de recursos federais.

“Vamos fazer um balanço das eleições e fazer uma espécie de capacitação dos nossos prefeitos, os novos e os reconduzidos. O objetivo é ajudá-los antes mesmo do início dos mandatos”, disse o presidente do MDB da Bahia, Jayme Vieira Lima Filho.

Também confirmaram presença, além de Geddel, Lúcio Vieira Lima e Geraldo Júnior, o único deputado federal do partido na Bahia, Ricardo Maia, e os estaduais Matheus Ferreira e Rogério Andrade. Outrora o maior partido da Bahia, o MDB, que viveu momentos conturbados nos últimos anos com a prisão de Geddel, saiu das urnas em outubro com 32 prefeitos eleitos ou reeleitos, contra 15 de 2020.

Política Livre
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