15 agosto 2025
A disputa em segundo turno pela presidência do PT de Lauro de Freitas acontece em meio ao desafio da legenda de se reagrupar após o fim da era Moema Gramacho, ex-prefeita que não conseguiu emplacar o sucessor nas eleições municipais do ano passado.
As três candidaturas que mediram forças no primeiro turno estão ou já foram de alguma forma ligadas a Moema. O atual presidente Jones Carvalho, eleito com aval da ex-prefeita em 2019, tomou rumo próprio e desta vez lançou a chapa conjunta Léo e Marzo, enquanto o atual vice-presidente Lula Maciel lançou sua candidatura própria, tal como a ex-presidente e vereadora de Lauro, Naide Brito.
No último domingo (6), Lula Maciel abriu a dianteira com 373 votos, seguido por Naide com 270 – com quem disputou o segundo turno previsto para 27 deste mês, no IFBA de Itinga, das 9h às 17h. Léo e Marzo receberam 159 votos.
Maciel e Naide poderiam formar uma única composição, se tivesse ocorrido entendimento entre eles meses atrás. Segundo ele, a disputa “energiza ainda mais o partido” e não pode ser vista como um problema.
Maciel tem o apoio expresso do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, e da deputada federal Ivoneide Caetano, expoentes da corrente ‘Movimento PT’, da qual ele faz parte, assim como de outras lideranças, como o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rosemberg Pinto.
Naide, por sua vez, tem o apoio de Moema e integra a corrente ‘Resistência Socialista’, a mesma do Secretário de Desenvolvimento Rural e deputado estadual licenciado, Osni Cardoso, e do deputado federal Joseildo Ramos. Ela busca agora o apoio de Tássio Brito, vencedor da disputa estadual, para quem pediu voto no primeiro turno.
Maciel apoiou a candidatura de Jonas Paulo “aos 45 do segundo tempo” , embora tenha integrado a chapa de Tássio.
Segundo apurou o Política Livre, a influência da ex-prefeita Moema é um ponto controverso, já que existe uma avaliação de resistência ao nome dela dentro e fora do partido em Lauro de Freitas – o que poderia promover, na verdade, um peso negativo a quem ela direcionar o apoio.
Inclusive, muitos petistas atribuem a derrota de 2024 ao enfraquecimento do PT enquanto partido em Lauro de Freitas. “Para mim, quando o partido participa do processo, a tendência de vitória é maior”. É a avaliação de Lula Maciel, que rechaça o ambiente de ostracismo que ele diz ter se criado no diretório municipal do partido.
Política Livre