Foto: Carine Andrade/Política Livre/Arquivo
Rui Costa 13 de julho de 2025 | 12:13

Rui Costa comenta reações do Planalto sobre carta de Trump: “Achamos que fosse uma invasão hacker”

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), chamou de “inacreditável” a intromissão do presidente Donald Trump em pautas de interesse nacional como a ocorrida na última semana, em que o norte-americano enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisando sobre o aumento, em 50%, da tarifa de importação de produtos brasileiros.

Ao comentar o episódio, Rui Costa contou que num primeiro momento a cúpula do Palácio do Planalto cogitou a hipótese de uma invasão hacker. “Chega a ser inacreditável, quando a gente viu a notícia, nos primeiros minutos, ninguém acreditou. Teve que confirmar com a Embaixada se aquilo era verdade ou não, todo mundo achava que um hacker tinha invadido a conta do presidente americano porque isso nunca aconteceu na história da diplomacia internacional, seja no método, um presidente da República pegar uma carta e enviar para outro através de uma rede social. Nem enviou por e-mail, nem por fax, e a carta até hoje não chegou nem fisicamente, ou seja, isso não existe”, afirmou.

O ministro da Casa Civil, que participou da entrega de 260 unidades habitacionais do Residencial Vitória da União, no bairro Arraial do Retiro, em Salvador, neste domingo (13), também pontuou que o Brasil não vai se render a uma “chantagem internacional” que, segundo ele, é “sem precedentes”.

De acordo com Rui Costa, o governo já montou um grupo de trabalho interministerial, coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com a participação da Casa Civil, Fazenda, Relações Institucionais e o ministério da Indústria e Comércio. O objetivo é regulamentar um decreto de reciprocidade comercial e definir eventuais medidas de retaliação.

“Se essa tarifa for efetivada, o Brasil vai agir. Teremos medidas concretas para proteger a economia, os empregos e os interesses do nosso país. Já estamos preparando tudo para, se necessário, até 1º de agosto respondermos à altura”, adiantou.

Carine Andrade
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