13 agosto 2025
O míssil econômico lançado por Donald Trump contra o Brasil levou o PT a dar uma pausa na campanha de “ricos x pobres” que lançou neste mês—ou da “taxação BBB, bancos, bilionários e bets”—, como também foi apelidada.
Depois de mobilizar suas equipes para a produção de peças pela “defesa do Brasil” contra Trump e seus aliados bolsonaristas, o partido vai retomar o disparo dos vídeos com a temática anterior.
A campanha, que teve como um de seus alvos principais o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, diz que parlamentares querem evitar a taxação dos super-ricos, que representam 1% do Brasil, enquanto permite que os pobres arquem com a maior parte dos tributos no país.
A ideia é pressionar a Câmara pela aprovação do projeto do governo que isenta as pessoas que ganham até R$ 5 mil do pagamento de Imposto de Renda, pautado para a quarta (16). E, caso ele passe no crivo dos deputados, faturar o fato como uma vitória de Lula e do PT.
O partido credita às peças, assinadas pelo publicitário Otávio Antunes, a recuperação da aprovação de Lula em sondagens a que o governo teve acesso.
Nesta semana, uma pesquisa Atlas Intel feita para o mercado financeiro mostra a aprovação de Lula acima dos 50%, contra 48% de reprovação.
É um quadro apertado, mas muito melhor, para Lula, do que o registrado no começo do mês, quando os números eram invertidos—a aprovação caía, e estava em torno de 40%, e a reprovação disparava.
Mônica Bergamo/Folhapress