29 novembro 2024
O governador Jaques Wagner (PT) disse a um importante interlocutor agora pela manhã que uma das satisfações mais imediatas que lhe deu a apoteótica posse de Rui Costa na chefia da Casa Civil, ontem pela manhã, foi o burburinho iniciado logo em seguida sobre quem entra e sai na reforma administrativa que pretende realizar daqui a um pouquinho.
O burburinho a que se refere o governador diz respeito a especulações tão amplas quanto a ida de José Sérgio Gabrielli, que está se desligando da Petrobras, para a secretaria de Indústria e Comércio, o que forçaria o deslocamento de James Correia, hoje titular da pasta, para a Fazenda, em lugar de Carlos Martins, bem como uma sacolejada na Justiça e um tranco no Planejamento.
Não é mais segredo de ninguém que o secretário Almiro Sena começou a balançar mais do que ferry-boat na travessia Salvador-Mar Grande em mar de inverno depois de perder na pasta dois quadros importantes do movimento negro, como a competente Ivete Sacramento e Marcos Resende, e o MP, que avalizou a indicação do promotor para a Justiça, já foi, inclusive, avisado da tormenta.
Aliás, devem ter esquecido de avisar a Almiro que o movimento negro é queridinho de Wagner, a ponto de ter cavado a sepultura de César Nunes, o segundo secretário de Segurança Pública do governador, que atuou sem colete a prova de bala, foi abatido e até hoje continua sem saber de onde veio o tiro decisivo.
Quanto a Zezéu Ribeiro… Bom, o governador andou transtornado com um constrangimento que foi obrigado a passar por ocasião de um evento recente, em que o titular do Planejamento foi visto cochilando na presença… bem, na presença… na presença… da presidente Dilma Rousseff.
A despeito do vexame que o governador passou com aquela cena, na presença… na presença… na presença… da presidente, Wagner ainda não se decidiu se despacha Zezéu de volta para a Câmara dos Deputados ou para uma pasta que não lhe dê assim… tanto sono.