23 novembro 2024
A primeira ministra negra da Itália respondeu a uma enxurrada de insultos sexistas e racistas dizendo que ela tem orgulho de ser negra, não ‘de cor’, e que a Itália não é um país racista. Cecile Kyenge, uma oftalmologista e cidadã italiana originária da República Democrática do Congo (RDC), foi nomeada ministra da Integração pelo primeiro-ministro Enrico Letta no último sábado, sendo uma das sete mulheres no novo governo. Desde então, ela tem sido alvo de provocações em sites de extrema-direita, que a rotulam com nomes como “macaco congolês”, “Zulu” e “a negra anti-italiana”. Kyenge também enfrentou insultos com toques de racismo de Mario Borghezio, integrante da Liga do Norte no Parlamento Europeu, que no passado foi aliado do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Em referência a Kyenge, Borghezio chamou a coalizão de Letta de um “governo bonga bonga” – uma brincadeira com o termo “bunga, bunga”, atribuído a Berlusconi – e disse que ela parecia ser “uma boa dona de casa, mas não uma ministra”. Leia mais no Estadão.