28 novembro 2024
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse nesta segunda-feira, 24, que, apesar do importante papel desempenhado pelos bancos públicos na indução do crédito nos últimos anos, não se pode negligenciar os bancos privados. O secretário, que participa do seminário “O papel dos bancos públicos no desenvolvimento econômico”, realizado pelo Jornal GGN e pela Abimaq, reiterou a importância do papel dos bancos públicos como instituições provedoras de crédito, mas admitiu que eles, sozinhos, não conseguem atender toda a demanda. “Mas a redução dos incentivos dos bancos públicos para que o setor privado entre investindo é insuficiente”, ponderou o secretário. Ele lembrou que a crise financeira internacional se tornou uma crise não só de solvência mundial, mas também de crédito. Coube então às autoridades públicas incentivar o crédito, defendeu Holland. Neste contexto, Holland citou ações tomadas pelo governo em vários segmentos, como os de debêntures incentivadas, renda fixa, small caps e Letras Imobiliárias Garantidas (LIG). Por trás disso havia a intenção de alongar os prazos. Ele lembrou ainda a organização da dívida de longo prazo e o incentivo às dívidas bancárias. “Mas por mais que temos os bancos públicos, não podemos negligenciar os bancos privados. O Brasil avançou muito na melhoria dos índices dos bancos privados. Basta olhar os índices de Basileia. O sistema bancário é muito sólido e não só em relação aos países emergentes. A originação do crédito no Brasil é prudencial”, avaliou o secretário.
Francisco Carlos de Assis, Agência Estado