21 de março de 2010 | 08:13

Transposição divide partidos na Bahia

As obras de transposição do Rio São Francisco já foram motivo para jejuns públicos do bispo da diocese de Barra, dom Luiz Cappio, nos anos de 2005 e 2007, e ano de eleições não será propício para arrefecimento das polêmicas em torno do projeto. Orçadas em R$ 5,53 bilhões, as obras são tocadas pelo Ministério da Integração Nacional, mas a paternidade é disputada com vigor por PT e PMDB baianos: o interesse, claro, é fazer bonito no pleito de outubro.

A “salvação” do povo nordestino da seca será, sem sombra de dúvidas, utilizada em campanha, e peemedebistas, interessados na eleição do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), e petistas, buscando reconduzir Jaques Wagner para mais quatro anos no Palácio de Ondina fazem de tudo para mostrar com quem mais se parece a “criança”. “Tudo isso que o ministro Geddel está apresentando, fomos nós que desenvolvemos”, disse o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, referindo-se aos anos em que esteve na superintendência da Codevasf na Bahia (2003 a 2005) e na direção nacional de revitalização do Rio São Francisco, entre 2006 e 2008, também à frente da Codevasf.

O ministro Geddel ironizou a lembrança do petista. “Este é um debate medíocre. Eu sei o que estava no papel e o que não estava quando assumi o projeto em 2007. Agora eu convivi com ele (Jonas Paulo) quando ele era de escalão inferior na Codevasf e fazia até certa reverência quando me via. Ele não pode dizer que preparou nada”, disse. Mas numa questão não divergem: para conter as críticas da oposição, defendem que as obras de transposição, nos eixos Norte (até o Ceará) e Leste (até a Paraíba), podem ser concomitantes às ações de revitalização. Leia mais em A Tarde (para assinantes).

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