25 novembro 2024
Com as denúncias do Ministério Público da atuação do secretário municipal de Gestão, Alexandre Paupério, como lobista da Fundação Escola de Administração (FEA), na Secretaria de Educação do Município (Secult), no esquema que desviou cerca de R$ 40 milhões da pasta, inclusive beneficiado pai e esposa, a bancada da oposição na Câmara de Vereadores, questiona a licitude dos contratos municipais. “ACM Neto fala tanto em transparência, então é preciso uma investigação detalhada. Esta é uma acusação séria, que abre espaço para inquéritos sobre contratações de empresas para prestação de serviços, às vezes sem licitação sob a alegação de emergência”, afirma a líder do PT na Câmara, Vânia Galvão. Nesse sentido, seu correligionário Arnando Lessa, ressalta que, embora o prefeito tenha anunciado o afastamento do gestor, vários contratos com terceirizadas já foram realizados. “O prefeito deve à população esclarecimentos detalhados. Ele deveria ter conhecimento desse fato ao nomeá-lo, concentrando nele todas as licitações, pequenas, médias e grandes do município. Ou Paupério negou as informações a ACM Neto, ou o prefeito preferiu mesmo assim correr o risco de nomeá-lo”, declarou. A partir desta segunda-feira, dia 14, a bancada da oposição fará reuniões para buscar as medidas cabíveis voltadas para exigir a averiguação da licitude dos contratos. “O fato é que todo mundo tem direito à defesa, não vamos agir da mesma forma que os democratas têm se posicionado em relação ao PT, acusando antes de provas, sem comprovações; queremos que a apuração siga até o final e que seja apontada a verdade”, afirma o petista Gilmar Santiago.