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O decano do STF, ministro Celso de Mello 25 de junho de 2019 | 22:04

Contra Lula livre provisoriamente, decano não adianta mérito sobre suspeição de Moro

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Considerado voto decisivo no julgamento que culminou na manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello frisou nesta terça-feira (25) que a posição expressada hoje, contrária a liberdade provisória do petista, não é uma antecipação de como irá votar futuramente sobre a atuação do ex-juiz Sérgio Moro no caso “triplex do Guarujá”. “Reconheço também que o que vou pronunciar aqui nesse momento e agora não tem nada a ver com o fundo da controvérsia, portanto, que não se interprete meu voto como sendo de antecipação de minha decisão futura quando do julgamento final”, disse Celso de Mello. A ressalva foi feita mais de uma vez pelo decano na sessão desta terça. Por 3 votos a 2, a Segunda Turma negou conceder liberdade a Lula até o STF concluir julgamento sobre a atuação o ex-juiz federal Sergio Moro, responsável pela sentença que levou à prisão do petista. A proposta para Lula ficar em liberdade provisória partiu do ministro Gilmar Mendes, no que foi acompanhado pelo colega Ricardo Lewandowski. Eles, no entanto, ficaram vencidos. Ainda não há uma data para a retomada do julgamento que analisa a atuação de Moro. Apesar disso, Celso também destacou que o voto que lerá nessa situação já está pronto. “Pessoalmente estou pronto para julgar o mérito deste HC, meu voto foi concluído ontem à noite, na verdade nesta madrugada, é um longo voto em que eu procuro examinar todos os aspectos suscitados”, considerou o decano.

Estadão
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